MST realiza mobilização em Curitiba para cobrar reforma agrária APP-Sindicato

MST realiza mobilização em Curitiba para cobrar reforma agrária


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Cerca de dois mil trabalhadores do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) chegam nesta segunda-feira (16) a Curitiba (PR) para realizar a Jornada de Lutas e Negociações (conjunto de mobilizações que acontecem nacionalmente em prol da reforma agrária).

A chegada está prevista para as 8h na Praça 29 de março, onde os trabalhadores vão ser acolhidos pelos amigos e apoiadores, em seguida iniciam uma marcha até a Superintendência Regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária do Paraná (Incra), para fazer a entrega da pauta de reivindicações.

A mobilização tem por objetivo cobrar tanto do governo federal quanto do estadual a realização da reforma agrária, que se encontra paralisada no país, sendo que somente aqui no Paraná cerca de seis mil famílias permanecem acampadas, em situação precária, vivendo em beiras de estradas e em áreas ocupadas, e que muitas vezes são vítimas da violência do latifúndio e do agronegócio.

Os trabalhadores paranaenses também exigem assistência técnica para as famílias assentadas, infraestrutura para os assentamentos, como crédito, habitação e renegociação de dívidas, além da construção de escolas nas áreas de reforma agrária, e acesso a cultura.

Durante a mobilização serão realizadas negociações com o Incra e secretarias estaduais, para tratar de questões referentes aos acampamentos e assentamentos no Estado. Somente no Estado do Paraná são cerca de 25 mil famílias sem terras, em aproximadamente 350 assentamentos e 70 acampamentos.

História – A jornada de lutas é realizada em memória aos 21 sem-terra assassinados no Massacre de Eldorado de Carajás, em operação da Polícia Militar, no município de Eldorado dos Carajás, no Pará, no dia 17 de abril de 1996, que se tornou oficialmente o Dia Nacional de Luta pela Reforma Agrária.

Depois de 16 anos de um massacre de repercussão internacional, ninguém foi preso e o país ainda não resolveu os problemas da pobreza no campo nem acabou com o latifúndio, que continua promovendo diversos atos de violência.

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