No período da manhã, a tônica do debate foi a liberdade e autonomia dos sindicados e da organização dos trabalhadores pelo mundo. Diversas situações de perseguição, demissões e assassinatos de sindicalistas foram relatadas pelos debatedores presentes e também pelos participantes de diversos países como Filipinas, Marrocos, Argentina que realizaram intervenções ao final da manhã.
Michael Sommer destacou que os trabalhadores não podem ser responsabilizados pela crise, como querem fazer os capitalistas. Já Cathy Feingold fez um relato sobre a situação da organização sindical nos Estados Unidos, destacando a queda na taxa de sindicalização no país nos últimos anos e a constante investida de diversas organizações de empresas para financiar a política de privatização no país. “Percebemos que a privatização avança, principalmente, na educação. Onde não há uma forte organização dos trabalhadores, com baixas taxas de sindicalização, há mais privatização”, destacou.
O seminário internacional teve continuidade no período da tarde com a mesa “As várias faces da crise”, com os seguintes debatedores: Vladimir Safatle, filósofo e professor doutor da USP; Victor Baez, secretário geral da CSA; Roland Shneider, do Trade Union Advisory Committee (TUAC) – Paris; e como mediador o professor João Antonio Felício, secretário de relações internacionais da CUT.
Texto produzido por Luiz Fernando Rodrigues, secretário de Juventude da CUT/PR, e Hermes Leão, secretário de Organização da APP-Sindicato