Secretaria de Gênero, Relações Étnico-Raciais e dos Direitos LGBT

Secretaria de Gênero, Relações Étnico-Raciais e dos Direitos LGBT


null

Por: Elizamara Goulart Araujo*

O XI Congresso Estadual da APP Sindicato, reinstalado nos dias 06 e 07 de julho, após um amplo e democrático debate deliberou pela mudança do nome da Secretaria de Gênero e Igualdade Racial para Secretaria de Gênero, Relações Étnico-Raciais e dos Direitos LGBT, por entender que essa nova denominação é representativa do conjunto de políticas tratadas no cotidiano desta Secretaria.

A APP se constitui uma ferramenta de luta que vai além da defesa e conquistas no mundo do trabalho e que passa pela luta de classes. As trabalhadoras e trabalhadores da educação pública do Paraná querem mais e melhores salários, melhores condições de trabalho e também querem uma educação pública cidadã, sem machismo, sem racismo, sem homofobia, ou quaisquer outras formas de preconceitos ou discriminações.

Esta construção é resultado do empenho de todas e de todos, como sujeitas e sujeitos de cada segmento, que sofrem processos de discriminações e violências diretamente, ou como parte da luta cidadã e coletiva, imprescindível ao avanço na construção da democracia e da igualdade.

Muitos são os desafios renovados pelo XI Congresso da APP-Sindicato, que exigem ousadia para avançar na revisão dos Currículos Escolares e, consequentemente, na formação continuada de professoras e professores, funcionárias e funcionários da educação, como forma de consolidar a ideia de que um mundo melhor só é possível com respeito à diversidade humana que somos.

Outra conquista importante é a aprovação da cota de 50% de mulheres nas instâncias de direção da APP. Este avanço não representa apenas um número, mas uma vontade política de que nós mulheres estejamos presentes nos espaços de decisão e de condução da nossa entidade. Este mecanismo, agora estatutário, exigirá que nossa categoria, majoritariamente feminina, intensifique a participação das mulheres no movimento sindical, que é um espaço de formação e intervenção rumo às mudanças que almejamos.

Este trabalho tem história e grandes conquistas desde a fundação do Coletivo Estadual de Gênero, Raça e Classe, no ano de 1993, e é reconhecido dentro e fora da entidade. Esta deliberação do XI Congresso Estadual da APP-Sindicato, que altera nosso Estatuto, reafirma nossos compromissos e a certeza de que esta luta vale a pena.

* Secretária de Gênero, Relações Étnico-Raciais e dos Direitos LGBT da APP-Sindicato

MENU