Durante a manhã, as dirigentes da APP professora Janeslei Albuquerque, secretária de Formação, e Marlei Fernandes de Carvalho, presidenta, conduziram os debates, fazendo uma exposição do retrospecto das ações do atual governo. No final da manhã, houve debates sobre as ações dos sindicatos.
Segundo a professora Janeslei, o governo Beto Richa, embora cumpra todo o ideário de seu partido quanto à diminuição do tamanho do Estado, similar ao do governo Lerner (1995-2002), vive uma conjuntura muito diversa, que não permite ao movimento sindical aplicar as mesmas táticas então empregadas de enfrentamento permanente.
Segundo a dirigente, o atual governo não aposta no confronto, mas aplica um peculiar conceito de “modernização” (entendida como privatização e terceirização) amparado em medição da qualidade dos serviços públicos. Embora conte com apoio popular, o atual governo direciona todas as políticas para atender as necessidades e interesses do setor produtivo e encontra respaldo na ampla base de apoio na Assembleia Legislativa e na aliança tácita com o Poder Judiciário, que fornece segurança à Administração em eventuais confrontos com servidores.
Ainda de acordo com Janeslei, o atual governo se assegura por meio de um incomum empoderamento dos servidores com cargos de chefia e com a relativa tranquilidade na exposição que tem na mídia.
TCE – A professora Marlei Fernandes de Carvalho trouxe elementos da leitura do relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE) sobre as contas do governo do Estado em 2011. Ela observou que o TCE, embora tenha aprovado as contas, detectou irregularidades nas contas apresentadas, como o gasto de 8,83% da receita em saúde (deveria ser de pelo menos 12%) e a insuficiência de recursos em áreas como ciência e tecnologia e segurança pública.
O relatório, lembrou a dirigente, ainda apontou a necessidade da elaboração de uma lei regulamentando os cargos em comissão e da realização de novos concursos públicos em vista do grande número de servidores em via de se aposentar. Ainda conforme o documento, o TCE também evidenciou o déficit, já denunciado pelo funcionalismo, nas contas da ParanaPrevidência.