Dia 30 de agosto já uma data tradicional para a entidade. Todos os anos há uma passeata que relembra o dia em que Álvaro Dias atacou a manifestação dos professores com bombas e cavalos, em 1988. Mas neste ano, a data coincide com o prazo dado ao governo para resolver as pautas da categoria. Por isso, além de paralisação e passeata, haverá uma grande assembleia para que a categoria analise e vote as próximas ações.
“Se o governo não resolver o reajuste dos professores e funcionários e o plano de carreira, nós vamos entrar em estado de greve”, adianta a presidenta Marlei Fernandes de Carvalho, que sintetiza o que foi discutido com todos os núcleos sindicais na reunião extraordinária do Conselho Estadual no sábado (18).
Confira o calendário:
28 / 08 – Panfletagem com carta aos pais e à comunidade explicando os motivos da paralisação
29 / 08 – Aulas de 30 minutos com debates nas escolas
30 / 08 – PARALISAÇÃO, PASSEATA E ASSEMBLEIA
A concentração da passeata inicia às 09h, na Praça Santos Andrade. A assembleia será às 14h30 na Sede Social do Paraná Clube (Av. Pres. Kennedy, 2377, entrada pela Rua São Paulo, bairro Guaíra).
Vários materiais estão sendo produzidos: faixas, adesivos, panfletos e jalecos. O vídeo dos 65 anos da entidade também será usado para incentivar a mobilização
Todos os núcleos devem reproduzir estes materiais e conversar com as escolas para que utilizem as faixas com os dizeres “Governador: compromisso assumido tem que ser cumprido”.
Os compromissos
O governo do estado se comprometeu a dar um reajuste de 19,55% ao magistério parcelado até outubro – índice necessário para se cumprir a Lei do Piso. A primeira parcela, em maio, foi a reposição da inflação (5,1%). A segunda parcela, de 6,66% deveria ter vindo em julho.
O governo ainda prometeu mais 3,54% para os funcionários (que é a diferença para o salário mínimo regional) – apesar da APP ainda defender os 8,59%.
Após o alerta do Tribunal de Contas, o governo travou as negociações. Apesar do Limite da LRF não significar falta de recursos.
Além disso, ainda não foi encaminhado o projeto de lei com o novo plano de carreira dos funcionários e estado está devendo promoções e progressões.
“Se o governo resolve isso, manteremos o estado de alerta até cumprir todos os itens da pauta até dezembro. Inclusive já vamos fazer as manifestações sobre a hora-atividade”, explica Marlei. A promessa é que os 33% estejam implantados no ano que vem.