Segundo Paulo Sérgio Pinheiro, a participação das entidades locais é fundamental para a obtenção de dados pela CNV. Por meio dos convênios, observou Pinheiro, os serviços da comissão nacional ainda podem ser colocados à disposição das comissões locais, inclusive o acesso a documentos de interesse.
Em seu discurso na abertura da audiência, a presidenta da APP-Sindicato, Marlei Fernandes de Carvalho, lembrou que a preocupação dos trabalhadores da educação pública é desvelar de fato a história recente do país e por isso a instituição está engajada no resgate da memória, da história e da justiça promovida pela comissão. Ela ainda informou que a APP reivindica junto ao governo do Estado a substituição dos nomes de todas as escolas públicas do Estado que homenageiam agentes do regime militar.
Na ocasião, foi constituída a Comissão da Verdade da UFPR, que irá apurar a atuação de professores e funcionários da instituição durante o regime de exceção. Hoje à tarde, deve ser aprovada, em segunda discussão, na Assembleia Legislativa, o projeto que cria a Comissão Estadual da Verdade.
Ao longo do dia, serão lembradas as operações Marumbi (ofensiva da repressão contra os militantes do PCB, em 1975), Chácara do Alemão (prisão de militantes da UNE reunidos em Curitiba), Revolta do Porecatu (levante de colonos contra empresários rurais e o poder público, na década de 50) além do Massacre de Medianeira (assassinato de militantes da Vanguarda Popular Revolucionária. VPR, em 1974, na Estrada do Colono, no âmbito da Operação Condor).