A categoria voltou a se manifestar publicamente com relação ao andamento das negociações com o governo do Estado. Nesta terça-feira (27), cerca de 400 educadores participaram do ato em frente à Secretaria de Estado de Administração e Previdência (Seap), em Curitiba, e, em seguida, fizeram uma caminhada em direção ao Palácio Iguaçu. Os educadores, que estão em estado de greve desde agosto, demonstraram a insatisfação com a lentidão do governo para encaminhar as reivindicações justas apresentadas ao longo das negociações entre APP-Sindicato e Secretaria da Educação (Seed). Pela manhã, os trabalhadores participaram de uma audiência sobre o novo plano de custeio da ParanáPrevidência e, no final da manhã, uma representação da APP participou de uma negociação com a presença do secretário de Educação Flávio Arns.
No ato de hoje, a categoria protestou contra a maneira como está sendo conduzida a proposta (do governo) de matriz curricular única para a rede, também contra a demora no envio, para a Assembleia Legislativa, do projeto de lei que altera o plano de carreira dos funcionários da educação e trata do reajuste diferenciado para os mesmo, além da hesitação do governo do Estado sobre a implementação dos 33% de hora-atividade para o início do próximo ano letivo. De acordo com a presidenta da APP, professora Marlei Fernandes de Carvalho, na mesa de negociação a conversa foi dura.
“Todos os prazos foram dados. Em março, maio, agosto, setembro e agora. Nós cumprimos toda a nossa parte, todas as determinações. E não bastasse aquilo que o Estado não cumpriu, ainda colocaram temas pesados na pauta, a exemplo da questão da matriz curricular unificada”, destacou. Ela também informou que a distribuição de aulas será feita entre os dias 13 e 18 de dezembro. Até lá, deverá ocorrer uma nova audiência entre sindicato e governo. “Nós não solicitamos nenhuma reunião. Questionamos, apenas, se até a nossa assembleia estadual algum canal de conversa será mantido. Deixamos claro que no dia 14 ocorrerá um Conselho Estadual e no dia 15 a nossa categoria deve decidir, em assembleia, como se dará o início do ano letivo de 2013”, afirmou Marlei.