Funcionários(as): formação e Plano de Carreira em debate

Funcionários(as): formação e Plano de Carreira em debate


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A retomada dos debates no Seminário Estadual de Funcionários(as) da Educação, que está sendo realizado durante todo o dia de hoje (22) na sede estadual da APP-Sindicato, em Curitiba, foi encabeçada pela professora Rosângela Gonçalves Oliveira, do Instituto Federal do Paraná (IFPR), e pela secretária de Sindicalizados da APP, Mariah Seni de Vasconcelos. Antes da exposição das palestrantes, o secretário de Funcionários da APP, José Valdivino de Moraes, e a presidenta da entidade, professora Marlei Fernandes de Carvalho, terminaram de responder alguns questionamentos que foram encaminhados pelos participantes durante o debate do período da manhã.

ProFuncionários – A coordenadora do programa ProFuncionários do Instituto Federal do Paraná (IFPR), Rosangela Gonçalves de Oliveira, falou sobre a ampliação da política de formação dos funcionários e funcionárias da educação. De acordo com ela, o ProFuncionário ofertado pelo Instituto atende, hoje, mais de oito mil estudantes em vários Estados. No Paraná, já existem turmas em 65 municípios. E a expectativa é estender o atendimento para o restante do Estado.

“Pretendemos, até o final do ano, fechar mais uma turma e, até o próximo ano, ofertar para o programa para os demais municípios paranaenses. Hoje, por exemplo, a nossa oferta não contempla Curitiba, pois a antiga gestão não entendeu a necessidade do curso. Com a mudança de gestão, a capital também passará a ofertar o curso para seus funcionários. Temos também algumas cidades metropolitanas como São José e Colombo que devem aderir. E Cascavel está fazendo um intenso chamado de mais trabalhadores da educação para fazer a formação”, informou.

A professora explicou que o programa oferece quatro cursos: alimentação escolar, secretaria escolar, multimeios didáticos e infraestrutura escolar. Todos em nível técnico subsequente. Os participantes têm aula uma vez por semana, nos polos dentro dos municípios. É, de acordo com Rosangela, uma aula via satélite. O estudante também tem atendimento no ambiente virtual de aprendizagem da IFPR para exercícios, ampliação de leitura e também recebe os livros didáticos impressos pelo Instituto e distribuídos para as turmas.

“O programa tem um grande impacto na formação e melhoria da educação destes trabalhadores, que também são educadores. Assim,ela também melhora a qualidade do ensino na escola. Além disso, há melhoria salarial, por conta do avanço na carreira, e também o estímulo aos municípios, para que criem, aqueles que ainda não possuem, os planos de carreira para seus funcionários da educação”, destacou a coordenadora.

Plano do QFEB – A secretária de Sindicalizados da APP, e também funcionária da educação, Mariah Seni Vasconcelos, traçou uma análise da carreira dos funcionários e apresentou as alterações no Plano de Carreira do Quadro Próprio de Funcionários da Educação Básica (QFEB). Ela fez um resgate histórico da construção do Plano, que foi finalmente aprovado em 2008, e como evoluiu a situação dos funcionários e funcionárias após a aprovação da proposta.

“Nós chegamos em um curto espaço de tempo – de 2008 a 2012 – ao estágio de alteração do nosso Plano de Carreia. Estas alterações foram coisas que não conseguimos incluir na proposta aprovada em 2008, mas que estão sendo encaminhadas agora. Destacamos, entre elas, o reconhecimento da titulação – graduação para o agente educacional I e o mestrado para o agente educacional II -, a remoção para os funcionários nos mesmos moldes que ocorre para o magistério, o recesso escolar para a nossa categoria, que também é uma demanda antiga, e o fato de passarmos de duas para três referências, a cada dois anos, na nossa progressão”, enfatizou.

Para a secretária da APP, a conquista do Plano de Carreira, bem como das alterações no mesmo, são, de fato, vitórias importantes para os funcionários e funcionárias da educação. “É uma demonstração de valorização. O reconhecimento da graduação e pós-graduação, por exemplo, é uma briga antiga. E ela é vital, pois partimos do princípio de que o funcionário também educa e se ele educa precisa ser valorizada a sua formação. O reconhecimento é amplo, pois o Estado valida a posição de educador no âmbito da sociedade”, analisou Seni.

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