Assim que o governo disponibilizou, via internet ,a folha de pagamento do mês de março, vários professores e professoras entraram em contato com a APP para comunicar a existência de erros nos valores dos salários do mês. Especialmente, o não pagamento de aulas trabalhadas a mais, para além do suprimento de janeiro e fevereiro.

Diante disto, a direção da APP entrou em contato com a Secretaria de Educação para questionar a situação e solicitar a correção imediata, a fim de que os professores e professoras não sejam prejudicados.

A informação da Seed é de que ocorreu um problema técnico na efetivação da folha, e que estão discutindo a solução do problema com a Secretaria de Administração e Previdência.

A APP acompanha os desdobramentos do tema. Segundo a presidenta do sindicato, professora Marlei Fernandes de Carvalho, a APP quer que o governo resolva o problema antes da sexta-feira, e, se isto não for possível, o Estado precisa apresentar já uma data no início da semana para o pagamento destas diferenças devidas aos professores.

Uma situação recorrente para exemplificar: o professor trabalhou em 2012 com 10 aulas extraordinárias. Em 2013, suas aulas extraordinárias foram ampliadas para 20. No entanto, as folhas de janeiro e fevereiro foram confeccionadas a partir do suprimento (número de aulas trabalhadas) do mês de dezembro de 2012. Ou seja, nos dois primeiros meses de 2013, o professor, mesmo trabalhando 20 horas extraordinárias, recebeu por 10. O novo suprimento, com as 20 horas extraordinárias, deveria ser implantado na folha de março, incluindo também os valores não pagos em janeiro e fevereiro. Não foi isto que ocorreu. Em alguns casos apurados pela APP, o governo até implantou o novo valor, mas não pagou o atrasado.