Ato em defesa de Alagoas reuniu boa parte do Brasil

Ato em defesa de Alagoas reuniu boa parte do Brasil


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Trabalhadores de várias partes do Brasil abraçaram e nacionalizaram, na última quinta-feira (18), em Maceió, a luta do povo alagoano contra a falta de políticas públicas e de investimentos praticada pelo governo estadual, comandado pelo usineiro Teotonio Vilela Filho. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal), a atual administração coloca vergonhosamente o Estado entre os “campeões” de analfabetismo, violência social, mortalidade infantil, concentração de renda, violência sexual e homofóbica e contra a mulher, entre outras tragédias sociais.

Mais de seis mil manifestantes de vários segmentos sociais encheram as ruas do centro da cidade, participando, efetivamente, do primeiro ato da “Jornada de Lutas em Defesa de Alagoas”. O objetivo da atividade foi mobilizar a população para defender e cobrar seus direitos nas áreas da Educação, Saúde, Segurança, além de efetivas políticas de investimento em benefício dos trabalhadores do campo, vítimas de um governo que prefere privilegiar os direitos dos latifundiários e dos usineiros. O secretário de Funcionários da APP-Sindicato e o secretário-executivo da CNTE José Valdivino de Moraes, esteve no ato.

Parceiro de Luta – O grande ato público de denúncia e reivindicação agregou um combativo arco de entidades de luta, envolvendo sindicatos, associações, movimentos de luta do campo e da cidade, entidades culturais e trouxe a Maceió lideranças sindicais de vários Estados brasileiros, a exemplo de São Paulo, Brasília, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Bahia (Camaçari e Campo Formoso), Minas Gerais e Paraná. Estavam presentes entidades como a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Central Única dos Trabalhadores (Executiva Nacional), Federação Nacional dos Urbanitários (FNU), sindicatos de trabalhadores em educação, entre outras.

Apoio ao Sinteal – O presidente da CNTE, Roberto Franklin de Leão, disse que participava de um momento histórico de luta, e trazia uma mensagem de caráter especial ao governo do Estado de Alagoas e à Secretaria de Estado da Educação (SEE): “os trabalhadores do Brasil inteiro estão firmemente ao lado do Sinteal, apoiando integralmente todas as lutas em defesa da educação pública”.

Diretores dos sindicatos de trabalhadores em educação de Pernambuco, Rio Grande do Norte, Bahia (incluindo Camaçari e Campo Formoso), Minas Gerais, Paraná reforçaram em seus depoimentos que “quem atinge os trabalhadores e trabalhadoras em educação de Alagoas, atinge, em cheio, 23 milhões de trabalhadores em educação do Brasil inteiro”.

Já a presidenta da CUT Alagoas, Amélia Fernandes, lembrou que no caso específico do Sinteal, a política empregada pelo governo é de repressão ao invés do diálogo. Ela deu como exemplo a recente ação tomada pelo secretário de Estado da Educação e do Esporte, quando requisitou os “serviços” do BOPE para “conter” uma manifestação pacífica de diretoras(es) do Sinteal e de trabalhadoras(es) em educação no Estado.

Indignação – A presidenta do Sinteal, Consuelo Correia, ressaltou que a grande presença de trabalhadores e do povo em geral mostra, definitivamente, que a população alagoana está totalmente indignada com a política adotada pelo governo do Estado de Alagoas. “De verdadeiro descaso quanto a implementação de efetivas políticas sociais nas áreas da educação, saúde, segurança, desenvolvimento rural, entre tantas outras”. Consuelo comemorou o sucesso do ato público, afirmando que a população compreendeu a importância da convocação. “Porque não dá mais para ficar de braços cruzados. E é preciso reagir e lutar contra os desmandos praticados pelo governo estadual”.

Entidades – O histórico ato público reuniu também representantes de entidades sindicais como o SindPrev, Sinpro, SindBancários, SindUrbanitários, SindJornalistas, SindPol, Sindctmal, da Adufal, de centrais sindicais (CGBT e Conlutas), de partidos políticos, além de associações de bairros e grupos de cultura popular (a exemplo do Companhia Sorriso), que uniram suas “vozes de protestos e reivindicações” aos companheiros da luta no campo, como a Comissão Pastoral da Terra (CPT), o Movimento Sem Terra (MST), o Movimento Terra e Liberdade (MTL), o Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST).

Com informações do Sinteal e da CNTE

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