Professores e funcionários se manifestam no Palácio Iguaçu

Professores e funcionários se manifestam no Palácio Iguaçu


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A manhã deste dia 24 de abril de 2013 começou atípica no Centro Cívico. O bairro onde estão os principais prédios governamentais de Curitiba recebeu trabalhadores e trabalhadoras da educação de todo estado, que vieram pedir atenção dos líderes administrativos e da sociedade para a educação pública.

A ação estadual compõe o calendário da Confederação Nacional da Educação (CNTE) que promove, entre os dias 22 e 25 de abril, a 14ª Semana Nacional em Promoção e Defesa da Educação Pública. A presidenta da APP-Sindicato, professora Marlei Fernandes de Carvalho, explica a abrangência da iniciativa: “os professores estão nas ruas em todo país. Estamos Brasília reivindicado a pauta nacional junto aos senadores e deputados federais e, aqui no Paraná, a trouxemos a Saúde dos servidores como tema central da luta. Somos uma categoria que ainda precisas sair às ruas em manifestação pública para sermos ouvidos pelo governo”, explica a presidenta.

A APP representa mais de 100 mil educadores estaduais e com as atividades da Semana Nacional busca mediar as necessidades dos servidores da educação e reivindicar do governo a devida atenção a toda esfera do Ensino Público. O secretário de Saúde e Previdência da entidade complementa que, logo mais, será encenado um enterro simbólico do atual modelo do Sistema de Atendimento à Saúde, o SAS. “Há 15 anos temos problemas com o atendimento dos servidores que adoecem. Criticamos o atual modelo de repasse de verbas que investe mais 140 milhões/ano em 15 hospitais para atender toda categoria. Mas, um dos principais agravantes é que independente do número de procedimentos ou consultas realizadas o repasse é feito, o que acaba gerando uma série de não atendimentos, não agendamentos e dificuldade na realização de cirurgias. Precisamos de um novo sistema e de investimentos nos atendimentos e na prevenção de doenças da nossa categoria”, defende o secretário .

A campanha estadual da APP recebe o apoio da categoria. Professores e funcionários de escola vieram de várias regiões do Paraná para integrar o ato em frente ao prédio sede do governo. O presidente do Núcleo Sindical de Apucarana, professor Araldo Ferreira de Castro reforça o porquê dos sindicalizados da cidade terem se dividido entre o ato local no município (atos regionais estão sendo realizados no Paraná, na cidade do professor Castro, a ação acontece na Praça Central, desde às 9 horas). “Acreditamos que é possível avançar nas negociações, por isso nos dividimos para estarmos também em Curitiba e assim, fazermos parte desse acontecimento histórico que será a aprovação dos projetos da hora-atividade e dos funcionários”, salienta.

Os projetos mencionados pelo representante sindical de Apucarana são dois dos importantes avanços da categoria conquistados depois de muita luta. Os projetos de lei complementar 002 e 003/2013 determinam que 1/3 da jornada dos professores seja de hora-atividade (tempo para o preparo de aulas, realização de cursos de aperfeiçoamento, correção de trabalhos e reuniões pedagógicas) e regulamenta novos avanços para o plano de carreira dos funcionários de escola, respectivamente. De Campo Mourão, 22 funcionários e funcionárias de escola vieram para participar das atividades do dia 24 de abril. O secretário de finanças da APP local explica a expectativa pela aprovação do projeto que será votado na tarde de hoje na Assembleia Legislativa do Estado (Alep): “viemos participar da manifestação aqui no Palácio agora cedo e, à tarde, estaremos na Assembleia para ver de perto essa conquista”, reforça o secretário que também é funcionário de escola.

Logo após o ato público, os representantes da categoria estarão na Alep, quando às 14 horas, entrará na pauta dos deputados estaduais a votação dos PLCs da educação. A professora Luciana Mocelin, do Núcleo Sindical Curitiba Norte reforça a intenção da mobilização “temos leis nacionais que já regulamentam o piso salarial e os 33% de hora-atividade, mas cada Estado interpreta a lei de uma forma. Por isso, temos que nos unir no sindicato, em campanhas, em paralisação e em ações como a de hoje para conseguir que os nossos direitos sejam cumpridos”.  A categoria está unida e neste dia 24 de abril convida toda sociedade para participar da luta pela Educação.


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