Nesta segunda-feira, dia 3 de junho, acabou o prazo de 30 dias acordado entre o governo do Estado e o Fórum das Entidades Sindicais (FES) para que o Poder Executivo apresentasse um esboço do novo modelo de atendimento à saúde dos servidores estaduais. Após quatro semanas, o governo não se manifestou oficialmente sobre o tema. Agora, a Comissão de Saúde do FES está buscando marcar a segunda reunião com o grupo de trabalho – formado pelo Fórum e o governo – criado para discutir o novo modelo de atendimento.
De acordo com o secretário de Saúde e Previdência da APP-Sindicato, e membro da Comissão de Saúde do FES, professor Idemar Beki, a negociação continua. Ele esteve nesta terça-feira (04) no Departamento de Assistência à Saúde (DAS) e cobrou diretamente do diretor de Seguridade Funcional da Secretaria de Estado de Administração e Previdência (Seap), Wagno Rigues, uma resposta.
“Rigues foi a pessoa apontada, no grupo de trabalho formado pelo FES e pelo governo, como o responsável pelo levantamento de dados necessário para formular a proposta. Enfatizei que o prazo acordado venceu e que necessitamos, urgentemente, fazer a segunda reunião de trabalho com o governo para tratar do novo modelo”, informou Idemar, complementando que Rigues afirmou que já fez todos os levantamentos necessários e que uma nova reunião ocorrerá nos próximos dias.
Na reunião de 2 de maio, a primeira de uma série que deve ocorrer para tratar unicamente deste tema, o Fórum entregou ao vice-governador Flávio Arns uma pasta contendo o histórico das negociações sobre a saúde, bem como a minuta de projeto de lei – elaborada pelo Fórum – com a proposta de um novo modelo (baseado nos moldes do sistema do Rio Grande do Sul e que, no Paraná, receberia o nome de IPESaúde). Além disso, o FES frisou que os servidores não podem mais esperar uma solução.
Dia D – No dia 25 de maio, o Conselho Estadual da APP se reuniu e definiu que um novo modelo de atendimento à saúde dos educadores e educadoras (além da implantação dos 30% da hora-atividade e o pagamento de promoções e progressões em atraso) é um dos pontos que a categoria exige uma resposta – e solução – do governo. Caso, o governo não honre estes compromissos, a direção da APP iniciará uma campanha contra estas omissões e definirá imediatamente ações de cobrança ao governador. A data 20 de junho foi escolhida como ‘dia de luta’ pelo respeito à educação. Na ocasião, serão realizados debates em todas as escolas.
Folha complementar da data-base – A direção da APP recebeu nesta terça, através do presidente da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), deputado estadual Valdir Rosssoni, a confirmação de uma folha complementar da data-base de 6,49% até o dia 15 de junho. A luta da entidade sempre vale a pena.