Governo do Paraná implementa modelo de gestão neoliberal

Governo do Paraná implementa modelo de gestão neoliberal


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Da edição 184 do jornal 30 de Agosto

O governo do Estado chega ao seu terceiro ano de mandato e não deu conta de solucionar problemas crônicos do Paraná. Juntamente com esta ineficiência administrativa, alega não haver recursos para honrar compromissos assumidos com o povo e com os servidores estaduais. Além disso, promove uma verdadeira negociata dos recursos públicos e naturais, reaplicando o modelo privatista da era Lerner.

A Copel tem que continuar nossa – O governo Jaime Lerner tentou vender a Copel nos anos 90. Uma grande mobilização popular foi o que garantiu que a empresa continuasse pública. Porém percebe-se um grande avanço na terceirização de serviços prestados pela companhia paranaense, além de reajustes abusivos quando o governo federal estipula redução da tarifa. A ação é para privilegiar o lucro que, em sua maioria, é repassado para o setor privado detentor de boa parte das ações da empresa.

Estado Privado – Neste ultimo período, o governo estadual enviou para a assembleia legislativa do estado um projeto de lei que cria o “Tudo Aqui Paraná”. A proposta é criar 9 centros de atendimento à população, que concentrariam a maioria dos serviços hoje prestados pelo estado como emissão de carteira de identidade, emissão de CNH (Carteira Nacional de Habilitação), atendimento da Copel e Sanepar, dentre outros. A grande questão é que o governo Beto Richa vai entregar estes serviços à iniciativa privada, repassando quase R$ 10 milhões para uma empresa administrar estes serviços que já são prestados para a população. Serão cerca de R$ 3 bilhões por uma concessão de 25 anos prorrogáveis por mais 25.

Saúde para alguns – No apagar das luzes de 2012, o governo Beto Richa aprovou na Assembleia Legislativa uma lei que permite a contratação de Organizações Sociais (OSs) para administrar setores do governo. Um dos setores afetado foi a saúde pública. Hospitais Públicos passaram a ser gerenciados por estas organizações que não têm compromisso com o usuário do SUS. É o velho método de reduzir investimentos e aumentar a capacidade de atendimento. O resultado desta equação são hospitais super- -lotados, mal atendimento e filas intermináveis para cirurgias e consultas.

Água, patrimônio da humanidade? – O governo do estado reajustou em mais de 50% o valor da tarifa de água nos dois últimos anos. O serviço melhorou? Não! Quem mais se beneficiou disso foram os grandes acionistas da empresa que passaram a ter maior participação nos lucros. Os repasses passaram de R$ 37 milhões (2010) para R$ 118 milhões em 2011, quando o lucro da empresa foi de R$ 249 milhões.

Sem direito de ir e vir – Desde 1998, as principais rodovias do estado foram privatizadas. Várias empreiteiras assumiram trechos destas rodovias com o compromisso de duplicação e outras obras viárias. Passados quase 15 anos do processo de licitação, o que vemos são rodovias de pistas simples e com o pedágio mais caro do país. Uma boa comparação é a viagem entre Curitiba e Florianópolis onde o trecho todo é duplicado e o valor pago é de R$ 6,80. Já um trecho com distância aproximada no Paraná (Curitiba-Guarapuava) o valor do pedágio para trafegar em pista simples é de R$ 31,70.

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