O Encontro Estadual da Articulação Paranaense Por uma Educação do Campo em Candói começou com muito entusiasmo nesta última quinta-feira (22). Diversos participantes de todo Estado estão presentes, netre representantes de entidades e movimentos sociais do campo, universidades estaduais e federais e representantes do poder público. A abertura aconteceu às 14h, com um ato solene com presença do prefeito de Candói, Gelson Costa. O evento vai até o 24 de agosto.
No total, 22 organizações participam do encontro, entre elas a Associação Regional das Casas Familiares do Sul do Brasil (Arcarfar Sul), a Associação de Estudos Orientação e Assistência Rural (Assesoar), a Comissão Pastoral da Terra (CPT), a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do estado do Paraná, a Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar do Sul do Brasil, o Movimentos Atingidos por Barragens (MAB), O Movimento das Mulheres Camponesas, o ovimento dos Pequenos Agricultores, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Rede Puxirão dos Povos e Comunidades Tradicionais, representante dos povos indígenas, da Organização Quilombola e dirigentes da APP-Sindicato.
De acordo com a professora da Universidade Federal da Fronteira Sul, Solange Todero Von Onçay, a articulação paranaense por uma educação do campo existe há 13 anos e um dos objetivos no encontro é congregar esforços no sentido de construir coletivamente estratégias com vistas a existência e qualificação de políticas públicas voltadas para a educação do campo. “Tivemos avanços significativos nas articulações, no estado e no país, sobretudo no reconhecimento da existência dos sujeitos do campo em relação a sua cultura e identidade e suas demandas educacionais, no entanto é necessário avançar buscando garantir a materialidade necessária para a oferta e permanência dos sujeitos do campo nas escolas e universidades”, ressalta a professora da UFFS.
Para o prefeito de Candói, Gelson Costa, é muito mais caro para o poder público investir em políticas públicas urbanas do que no campo, a educação do campo é de fundamental importância para garantir a permanência do jovem no campo, com qualidade de vida, o qual destaca: “Não somente a educação que temos de investir, a educação é uma das discussões, para nós é um orgulho sediar este evento em Candói, sabendo que o primeiro ocorreu há 13 anos em Porto Barreiro, vai ficar para a história da educação do campo no estado do Paraná e também para o Brasil”, destacou
Segundo um dos representantes da articulação paranaense por uma educação do campo, Alex Verdério, esse encontro é fruto da luta pela educação do campo no Paraná e se acumula desde a carta de Porto Barreiro escrita em 2000. “Iremos trocar experiências, fazer nossas reivindicações e também dialogar com o poder público, nós teremos um espaço neste encontro com os governos federal e estadual para discutirmos a pauta”, salienta Alex. Ainda no sábado, será produzida a carta de Candói que estará segundo os articuladores sendo encaminhada a diversos órgãos governamentais, a principio será encaminhada primeiramente ao governo do estado do Paraná via secretaria de estado da educação.
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