Eram 10h30 da manhã quando de cima do “tremandão”, nome dado ao maior caminhão de som usado dentre os 4 presentes na mobilização, se entoava o hino dos 25 anos do fatídico 30 de agosto de 1988. Foi o início da caminhada que seguiu até o Palácio Iguaçu.
De cima do carro de som, que ia a frente da marcha, podia-se ver a animação e a força dos 10 mil trabalhadores da educação que paralisaram as aulas em suas escolas e foram às ruas na chamada “aula de cidadania”.
Durante toda a caminhada representantes sindicais e lideranças da APP, em suas falas, faziam memória do que foi esses 25 anos de luta e luto, mas também da pauta de reivindicação para melhoria da educação pública no estado.
“O discurso do governo é bonito, mas nós queremos os 48 milhões da dívida com a educação, que está com um um ano de atraso das progressões e promoções”, fala de cima de um dos caminhões o diretor de comunicação da APP, professor Luiz da Rocha Paixão.
Segundo a secretária geral da APP, professora Silvana Prestes, “se o governo não pagar o que nos deve nós vamos acampar em frente ao Palácio Iguaçu”. Isso porque o governador Beto Richa não está em Curitiba hoje e os trabalhadores pretendem acampar se não tiverem resposta positiva.
No meio da marcha a funcionária da educação Geni dos Santos, que saiu de Londrina na madrugada de ontem, caminhava descalço segurando os sapatos, “trabalho há 22 anos na educação e sempre que posso venho reforçar a luta no 30 de agosto, mesmo com o pé machucado, a gente tem que lutar”, explica.
Chegando a Praça Nossa Senhora da Salete, a comitiva de representantes da APP foi para uma audiência com o governo, exigir uma resposta para todas estas reivindicações. Enquanto isso toda a categoria está ao lado de fora esperando uma posição.