A arte imita a luta APP-Sindicato

A arte imita a luta


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A manifestação dos trabalhadores e trabalhadoras da educação estava dividida em cores. Os 10 mil educadores(as) que participaram da mobilização organizada pela APP-Sindicato, representaram, em blocos, os períodos históricos desses 25 anos de história da tradicional marcha pela Edução.

De 2011 a 2013, o bloco vermelho representou o mandato do atual governador Beto Richa. A cor lilás marcou os anos de 2003 a 2010, marcados pelo governo dos políticos Roberto Requião e Orlando Pessuti. Os anos de 1995 a 2002 foram simbolizados com a cor azul, em referência ao governo Jaime Lerner. Roberto Requião e Mário Pereira, governadores nos anos de 1991 até 1994 foram simbolizados com a cor branca. Já o período de 1988 até 1990 esteve marcado pela cor preta.

Estes mesmos blocos, ao chegarem no Palácio Iguaçu, fizeram, pela primeira vez na história de organização da marcha, uma encenação artística com a representação dos principais fatos para a Educação durante cada período. A agente educacional Vania Aparecida dos Santos, do Núcleo Sindical de Cornélio Procópio, foi uma das personagens da representação. Estava vestida de policial, em alusão ao fatídico dia 30 de agosto de 1988, quando educadores foram reprimidos com violência no mesmo local onde hoje havia um palco para as apresentações. Para ela, o ato mostra que os educadores pedem consideração com as condições de ensino e trabalho. “Somos uma categoria que quer trabalhar e ensinar, mas precisamos de condições para isso”, desabafa a servidora

Para a professora Rita Corsini, do Núcleo Sindical de Assis Chateaubriand, que reforçou o coro de aplausos às apresentações, a marcha histórica é uma das formas de chamar à atenção dos governantes e da comunidade para a situação da Educação no Paraná. “Se hoje a nossa Educação não está pior é graças ao trabalho da APP e do esforço de cada um que está aqui”, avalia a educadora.

As encenações aconteceram no palco montado no mesmo lugar onde, há 25 anos, os trabalhadores foram agredidos fisicamente, e no mesmo horário em que o Sindicato se reunia com o governo no Palácio para buscar as soluções para a pauta de reivindicações. Os trabalhadores estão na luta por uma Educação pública com respeito e qualidade.
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