Na terra de Paulo Freire, patrono do movimento, que foi homenageado com a inauguração de uma estátua de bronze em tamanho real na última quinta-feira, 19 de setembro, dia do seu nascimento, os 700 educadores presentes celebraram a união dos povos e a elaboração de políticas centrais para a região.
Roberto Leão, presidente da CNTE, agradeceu o esforço de cooperação de todos os países para a realização do encontro. “Esse evento com certeza consolida cada vez mais aquilo que Paulo Freire sonhou: uma escola pública que seja efetivamente do interesse da classe trabalhadora dos nossos países”, declarou Leão.
Para Hugo Yasky, presidente da Internacional da Educação para a América Latina, chegou o momento histórico de se fazer justiça e acabar finalmente com a repressão. “Vamos solidificar o caminho para governos democráticos e populares, terminando com toda forma de opressão ao movimento trabalhador. A escola pública da América latina tem um papel importantíssimo em construir um mundo melhor com justiça social”, lembrou Hugo.
Hugo também oficializou que, por unanimidade, o comitê do movimento aprovou 4 resoluções de solidariedade e de denúncia de situações de violência e negação de direitos por parte dos governo do México, Honduras, Equador e Colômbia.
Fátima Silva, vice-presidenta da IEAL, leu a declaração final do Movimento Pedagógico, elaborada em conjunto com Stella Maldonado e Maria Cabrera, do comitê executivo mundial para a América Latina, Juçara Vieira, vice-presidenta mundial da IE, Brígida Rivera, vice-presidenta da IEAL e Gabriela Bonilla, coordenadora da IEAL.
No documento, o Movimento Pedagógico Latino-Americano reafirma seu compromisso em lutar por uma educação emancipatória e igualitária, avançando na integração da região e consciente da heterogeneidade dos países.
“Concebemos o Movimento como um processo que busca colocar o direito da educação gratuita e laica no centro do debate social, fortalecer os trabalhadores e trabalhadoras de uma política educativa, estabelecendo vinculo permanente com todos os setores sociais para uma educação comprometida com a soberania dos povos. Nossas propostas podem se converter em políticas de estado, fortalecendo o currículo educativo e superando o ciclo neoliberal que ainda persiste em alguns países”, afirmou Fátima.
Para Carmen Vieites, secretária de relações institucionais e internacionais da FETE-UGT, Federação de Educadores da Espanha, homenageada no encontro da Rede de Trabalhadoras da Educação, evento que antecedeu a Conferência Latino-Americana, o movimento pedagógico ajudará a montar uma sociedade igualitária e uma pedagogia que eduque e forme cidadãos críticos, conscientes dos seus deveres e donos dos seus destinos para construírem uma pátria e uma sociedade que reequilire as desigualdades sociais.
Assista aqui o vídeo de Encerramento do II Encontro do Movimento Pedagógico Latino-Americano.
Fonte: CNTE