Caso o governo não pague os valores prometidos, será montado acampamento em frente ao Palácio Iguaçu, nos dias 7 a 9 de outubro, e haverá greve por tempo determinado, nos dias 10 e 11. As recepções ao governo do Estado, durante os seus compromissos em todo o Estado, estão mantidas.
A assembleia seguiu o entendimento a que havia chegado o Conselho Estadual ontem: vislumbrar dois cronogramas para o enfrentamento – um tendo em conta o pagamento no dia 4, que levará a mais uma assembleia, após o dia 29 de outubro, e outra considerando que o governo aplicará mais uma vez o calote. Neste caso, haverá uma cobrança mais incisiva, que, além do acampamento e da greve, incluirá atos regionalizados no dia 11 e assembleia no dia 19 de outubro, antecedida por assembleias regionais.
Segundo a presidenta da APP-Sindicato, professora Marlei Fernandes de Carvalho, a categoria sai da assembleia com força e união para empreender a série de atividades no próximo mês. “Fizemos um amplo debate, mas saímos todos e todas unificados para o calendário do mês de outubro”, afirmou a dirigente.
Para o diretor de Comunicação da APP-Sindicato, Luiz Carlos Paixão, as decisões tomadas na Assembleia fortalecerão ainda mais a luta da categoria. “Já deixamos bem evidente ao governo que não aceitaremos nenhum calote. Se confirmar o pagamento no dia 4, vamos continuar cobrando todos os atrasados e outros pontos importantes da nossa pauta, como a saúde, o cargo de 40 horas, alteração nos contratos PSS, enquadramento dos aposentados, adequações na carreira do professor, entre outros”, disse o dirigente.
Calendário – Independentemente do pagamento dos atrasados, foi aprovado um calendário de lutas para o próximo período que se integra à luta mais geral da educação e dos servidores estaduais. Veja:
– 30/09 – Acompanhamento da prestação de contas do quadrimestre que o governo fará na Alep.
– 17 e 18/10 – Fórum do Fundeb, em Arapongas.
– 23/10 – Debate nas escolas sobre saúde, auxílio transporte para todos os funcionários e a matriz curricular. A APP produzirá material específico para o debate.
– 28/10 – Vigília em frente ao Palácio Iguaçu na noite do dia 28 para 29 (FES).
– 29/10 – ato em conjunto com os servidores estaduais (FES), enfatizando a questão da saúde e pagamento dos atrasados.
– 29/10 – Seminário sobre Previdência (FES).
– 30/10 – Ato nacional pela valorização dos/as funcionários/as da educação em Brasília (CNTE).
Mais ações – Outras medidas aprovadas são a colocação no portal da APP de um contador regressivo para o dia 4 de outubro, para que toda a categoria acompanhe a chegada do último prazo para o governo pagar os valores devidos, e um estudo sobre o cabimento de ação judicial para cobrar do governo, com juros, o atrasado das promoções e progressões.
Por deliberação da assembleia, a APP ainda vai verificar se Beto Richa também assinou o documento encaminhado por governadores de Estados ao Ministério da Educação solicitando a alteração do critério de reajuste do piso. Aparentemente, todos os governadores assinaram a carta. Se Beto realmente assinou, a APP vai solicitar a retirada de sua assinatura.
Congresso da CNTE – Foi aprovado que os delegados da APP-Sindicato para o 32º Congresso Nacional da CNTE serão eleitos em assembleias regionais, até o dia 7 de dezembro, respeitando-se a proporcionalidade e as cotas constantes no Estatuto da APP, ficando referendados os nomes dos eleitos.
Moções – A assembleia aprovou moções de apoio à greve dos bancários, dos trabalhadores dos Correios e da Sanepar e uma moção contra o leilão do campo petrolífero de Libra e pelo investimento integral dos recursos do pré-sal em áreas sociais.
A assembleia contou com a participação de caravanas de professores e funcionários de todo o estado do Paraná. O debate mais uma vez foi intenso e construtivo. As assembleias da APP tem se consolidado como uma aula de democracia e participação. A direção da APP agradece a participação de cada educador e cada educadora que esteve presente para definir a atuação coletiva da categoria.
Visitaram a Assembleia Estadual da APP os deputados federais André Vargas e Dr. Rosinha (PT) e o deputado estadual Professor Lemos (PT), além da presidenta da CUT-PR, Regina Cruz.