As recepções ao governador Beto Richa na última sexta, 25, tiveram início no município de Serranópolis do Iguaçu, às 15 horas. Os educadores, organizados pelo Núcleo Sindical de Foz do Iguaçu, receberam o governador com faixas e panfletos que traziam as reivindicações da categoria. Uma funcionária de escola entregou-o o jornal sobre o SAS, que foi usado no debate nas escolas no dia 23 de outubro.
Em São Miguel do Iguaçu, onde Beto Richa esteve por volta das 16h30, funcionários e professores também o recepcionaram com uma faixa que trazia os principais pontos de pauta dos Educadores: pagamento dos retroativos, plano de saúde digno para os servidores, concurso público para funcionários de escola, entre outros.
Em Foz do Iguaçu o governador chegou por volta das 17h30, na Fundação Cultural, e foi recebido por um grupo de professores e funcionários da educação com faixas, apitos e palavras de ordem.
Os educadores aproveitaram o momento para levar ao governador pautas da educação e da categoria, na qual chamaram a atenção da sociedade civil e política para: a necessidade de um sistema digno de saúde para os funcionários públicos, o chamamento para um debate democrático sobre a matriz curricular, a abertura de concurso público para funcionários e ainda, pagamento de atrasados de promoções e progressões dos educadores.
Ao perceber o clima de cobrança por parte da categoria, o governador Beto Richa utilizou-se do microfone para atacar os trabalhadores. Em um tom irritado disse “somos um governo democrático, se não fossemos, vocês ouviriam o que não gostariam”.
O governador aproveitou-se do uso exclusivo do microfone para atacar o manifestantes dizendo que seu governo concedeu mais de 50% de reajuste para os professores, como se isso fosse bondade sua e não o resultado de lutas históricas da categoria que deram origem à lei da data-base no Paraná, que obriga o governo a fazer o reajuste da inflação todos os anos, e à lei do Piso Salarial Nacional, que também tem obrigado os governantes a reajustar os salários do magistério de todo o Brasil.
O governador também confunde a população ao dizer que ele implementou a hora-ativida, reivindicação histórica da categoria, omitindo que isso também faz parte da Lei do Piso e que o estado do Paraná ainda não cumpre a lei na íntegra uma vez que temos 30% de hora-atividade e não os 33%, conforme preve a lei 11738/2008.
Beto Richa novamente demonstrou desrespeito a nossa categoria ao atacar o Sindicato, dizendo que por onde passa é bem recebido por professores e alunos e que as manifestações vêm de uma minoria ligada ao Sindicato, que tem interesses eleitoreiros.