Seminário Por Uma Escola Sem Racismo aprova moções APP-Sindicato

Seminário Por Uma Escola Sem Racismo aprova moções


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Participantes do Seminário Estadual Por Uma Escola Sem Racismo, realizado nos dias 31 de outubro e 01 de novembro, na sede estadual da APP-Sindicato aprovaram três moções e o apoio à petição pública da Comunidade Quilombola Paiol da Telha. 

Confira abaixo os textos aprovados:

:: MOÇÃO DE REPÚDIO – 20 de novembro – Unicentro – Guarapuava-PR

Nós, educadores e educadoras, militantes do Movimento Social Negro do Estado do Paraná, presentes do Seminário Estadual Por Uma Escola Sem Racismo, realizado nos dias 31 de outubro e 01 de novembro, promovido pela APP – SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO PÚBLICA DO PARANÁ, manifestamos nosso REPÚDIO à Reitoria da Universidade Estadual do Centro-Oeste UNICENTRO, pela Resolução nº 24-CEPE/UNICENTRO, que SUPRIME do Calendário Universitário da UNICENTRO, o recesso pedagógico e administrativo do dia 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra. A data é feriado municipal em Guarapuava, conforme Lei Municipal nº 1792/2009 e representa uma conquista do Movimento Social Negro na busca do reconhecimento e valorização da História e Cultura Afro-brasileira no nosso País. Esta data, com todo o seu significado para o Povo Afro-brasileiro, aliada à todas as demandas necessárias para a superação do racismo e do preconceito deve ser pauta prioritária para uma Universidade Pública, especialmente por estarmos completando dez anos da Lei 10.639/2003, que inclui no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira. A Resolução nº 24-CEPE/UNICENTRO representa um retrocesso. Desta forma, apresentamos nosso Repúdio à Resolução e nosso apoio ao Movimento Social Negro de Guarapuava, na defesa e manutenção do feriado.

:: MOÇÃO DE REPÚDIO – 20 de Novembro em Curitiba-Paraná

Nós, educadores e educadoras, militantes do Movimento Social Negro do Estado do Paraná, presentes no Seminário Estadual Por Uma Escola Sem Racismo, realizado nos dias 31 de outubro e 01 de novembro, promovido pela APP – SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO PÚBLICA DO PARANÁ, manifestamos nosso REPÚDIO à tentativa da Associação Comercial do Paraná- ACP, de derrubar na justiça o feriado municipal de 20 de novembro, da cidade de Curitiba. A promulgação da Lei 14.224/2013, em janeiro deste ano, que institui o feriado municipal da consciência negra faz parte de uma agenda de reivindicações históricas do movimento social negro que objetiva combater o racismo institucional e estrutural muito presente em nossa sociedade. A postura da ACP, preocupada simplesmente com os possíveis “prejuízos financeiros” é retrógrada e autoritária, pois desconsidera os avanços democráticos que a sociedade civil tem conquistado no último período no campo da cidadania e da luta contra os preconceitos. Desta forma, nós abaixo assinados declaramos todo apoio ao feriado municipal de 20 de novembro e repudiamos qualquer tentativa de ataque à esta importante conquista para o conjunto da população de Curitiba.

:: MOÇÃO DE REPÚDIO – 20 de novembro – Enquete da RPC-TV

Nós, professoras e professores, funcionárias e funcionários da educação pública do Estado do Paraná, participantes do Seminário Estadual Por uma Escola sem Racismo, promovido pela APP – Sindicato, através da secretaria de Gênero, Relações Étnico-raciais e Direitos LGBT e do Coletivo Estadual de Combate ao Racismo desta entidade sindical, manifestamos nosso repúdio à enquete realizada pela RPC – TV a respeito do feriado em comemoração ao dia 20 de novembro – Dia Nacional da Consciência Negra. A referida enquete, além de tratar o tema de forma maniqueísta, dificultando a compreensão e entendimento da sociedade a respeito da importância desta data nas suas características simbólicas e históricas da luta e resistência da população negra no Brasil e no Paraná, traz embutida o racismo que estrutura nossa sociedade. Igualmente traduz este momento de profundo significado para aqueles e aquelas cujo trabalho explorado e expropriado pelo sistema escravista em mero fator de lucros e perdas, cuja versão mercantilista tanto mal vêm causando a todos e todas nós, independente da pertença étnico-racial. Por outro lado, camufla um movimento em curso em todo o território nacional que confirma e reafirma o racismo institucionalizado o qual tem sido alvo da luta por igualdade racial de fato, desmistificando a propalada democracia racial brasileira. Neste sentido apresentamos esta moção de repúdio ao mesmo tempo que conclamamos as autoridades, parlamentares e sociedade como um todo a se associar à nossa reivindicação pelo fim da exclusão e discriminação racial rumo a uma sociedade sem racismo, justa e igualitária na qual os símbolos e heróis da resistência negra sejam respeitados e valorizados, dando concretude à nossa Constituição Federal onde todos e todas sejam iguais de fato.

:: APOIO AO ABAIXO-ASSINADO – Apoio à Comunidade Quilombola Paiol de Telha

http://www.peticaopublica.com.br/?pi=P2013N44819

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