Como lembrou a professora Marlei Fernandes de Carvalho, presidenta da APP-Sindicato, a luta pelo fim do fator previdenciário é de toda a sociedade. Herança maldita do governo FHC, o fator previdenciário onera os trabalhadores no momento da aposentadoria, representando uma diminuição significativa nos vencimentos. As centrais cobram do governo federal uma solução, mas não parece haver disposição para alterar este quadro.
Outra demanda é a imediata correção da tabela do Imposto de Renda. Como explicou a presidenta da CUT-PR, Regina Cruz, os trabalhadores vêm obtendo ganhos reais nas negociações nos últimos anos, mas a tabela não vem sendo corrigida em índices adequados, o que faz com que os trabalhadores passem de isentos a tributados, ou passem de faixa de tributação.
“A tributação deve crescer conforme a renda do contribuinte. Lutamos ao lado dos nossos sindicatos para aumentar a renda e o poder de compra dos trabalhadores e trabalhadoras, mas estes instrumentos penalizam e seguram os avanços conquistados ao longo dos anos”, disse. A CUT e as demais centrais reivindicam a correção da tabela e, também, a criação de uma nova faixa de tributação para rendas muito elevadas.