Curitiba abraça campanha de ativismo contra violência de gênero

Curitiba abraça campanha de ativismo contra violência de gênero


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A violência contra a mulher é um dos mais abomináveis e complexos crimes praticados na nossa sociedade. Os noticiários estão repletos de casos que chocam e que revoltam. Mesmo com todo avanço tecnológico e científico no mundo, essa violência mantém a sociedade ancorada no passado. Quando não mata, deixa feridas físicas, emocionais, psíquicas e causa danos ao longo de toda uma vida de sofrimento, muitas vezes silencioso, que se manifesta em desconfiança, baixa autoestima, culpa, medos, vergonha e dificuldades de relacionamento e de afetividade. Uma existência pela metade. Nega-lhes o direito a uma vida plena e relega as mulheres à condição de sobreviventes.

É preciso dar um basta! É preciso um esforço coletivo maior para superar tanto machismo e tamanha opressão.

No mundo inteiro, os movimentos sociais e instituições de defesa dos direitos da mulher organizam atividades educativas e de sensibilização para chamar a atenção das pessoas para o drama da violência contra a mulher e despertar para a mudança de comportamento. São os 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher, que, em 159 países, começam no dia 25 de novembro (dia internacional da não-violência contra as mulheres) e vão até 10 de dezembro (dia internacional dos direitos humanos).

No Brasil, a campanha é iniciada em 20 de novembro, dia nacional da consciência negra, para marcar a dupla discriminação sofrida pelas mulheres negras. A Prefeitura de Curitiba, por ação da Secretaria Municipal da Mulher, organiza um calendário unificado que visa ampliar a campanha e a mobilização em torno dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra as Mulheres, na administração municipal e por meio de parcerias com setores empresariais, universidades, movimentos sociais e igrejas.

Participe você também e vamos semear uma cultura de paz e de respeito.

Datas significativas dos 16 Dias de Ativismo (clique aqui para acessar o calendário completo):
20/11: dia nacional da consciência negra;
25/11: dia internacional da não-violência contra as mulheres;
1º/12: dia mundial de combate à AIDS;
3/12: dia internacional da pessoa com deficiência
6/12: campanha do laço branco – compromisso dos homens pelo fim da violência contra as mulheres;
10/12: dia internacional dos direitos humanos.

A violência contra a mulher é crime e tem punição. Denuncie. Ligue 180.

Tipos de Violência Doméstica e Familiar

Lei Maria da Penha, nº 11.340/2006

Física: Agressão física que pode ou não deixar marcas no corpo. Exemplos: empurrão, chute, tapas, socos, puxão de cabelos etc.

Psicológica: A vítima é emocionalmente afetada, prejudicando sua autoestima e o direito de fazer suas próprias escolhas. Exemplos: ameaça, manipulação, perseguição, chantagem etc.

Sexual: manifesta-se por meio de condutas que levam a vítima a presenciar, participar ou manter relação sexual não desejada, por meio de intimidação, ameaça, uso da força ou estupro, além do impedimento do uso de método contraceptivo etc.

Patrimonial: relacionada aos bens materiais ou objetos pessoais da vítima. Exemplos: reter, danificar ou destruir documentos, roupas, instrumentos de trabalho etc.

Moral: o(a) agressor(a) deprecia a imagem e a honra da vítima por meio de calúnia, difamação e injúria. Exemplos: xingamentos, gritos, palavrões, humilhações.

Sinais de agressão não declarada:

Mulheres em situação de violência, na maioria dos casos, sofrem caladas. Se você observar alguns dos sinais a seguir, oriente a pessoa a buscar auxílio na rede de proteção às mulheres:

:: Relatos de acidentes frequentes;

:: Lesões incompatíveis com os relatos de acidentes;

:: Inflamações, queimaduras, contusões, hematomas e fraturas;

:: Queixas variadas (poliqueixa): dores de diversas naturezas, hipocondria;

:: Isolamento, mudanças frequentes de emprego ou de moradia;

:: Baixa autoestima, comportamento autodestrutivo, medo e sentimento de culpa;

:: Transtornos alimentares (obesidade), depressão e uso de álcool e drogas.

Atenção! Sinais clínicos e psicossomáticos (provenientes de sinais mentais e/ou psicológicos) devem ser diagnosticados por profissionais da rede de proteção, sejam os da área da saúde ou do atendimento psicossocial.

Mapa da violência 2012*
Assassinatos de mulheres:
Brasil – 7º país do mundo
Paraná – 3º estado
Curitiba – 4ª capital brasileira
Piraquara – 2ª cidade mais violenta
*Instituto Sangari/DataSUS

Em caso de violência doméstica e/ou familiar, procure:

Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência – Telefone: 3338-1832 / 3323-5314 – Rua do Rosário, 144 – 8º andar – Centro Secretaria Municipal da Mulher – Telefone: 3323-7884 – 3323-7731 – Praça Garibaldi, 7 – São Francisco

Delegacia da Mulher de Curitiba – Telefone: 3219-8600 – Rua Padre Antônio, 33 Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Cevid) Telefone: 3017-2688 / 3017-2632

Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher – Telefone: 3017-2607 – Av João Gualberto, 1073 – Alto da Glória

Hospital do Trabalhador – Telefone: 3212-5700 – Av. República Argentina, 4.406 – Novo Mundo

Instituto Médico Legal (IML) – Telefone: 3281-5600 – Av. Visconde de Guarapuava, 2.652 – Centro

Emergência da Polícia Militar – Telefone: 190

Central de Atendimento à Mulher – Telefone: 180

Mulheres vítimas de violência sexual devem se dirigir a quais locais?

Hospital de Clínicas (vítimas acima de 12 anos) – Telefone: 3360-1826 – Endereço: Rua General Carneiro, 181

Hospital Evangélico (vítimas acima de 12 anos) – Telefone: 3240-5000 – Endereço: Rua Augusto Stelfeld, 1.905 – 7º andar

Hospital Pequeno Príncipe (vítimas até 12 anos) – Telefone: 3310-1140 – Endereço: Rua Desembargador Motta, 1.070

Fonte: Prefeitura de Curitiba

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