A Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) realizou, na data de hoje (11), uma reunião para debater proposições sobre Matriz Curricular para as escolas da rede estadual. A presidenta da APP-Sindicato, professora Marlei Fernandes de Carvalho, compareceu ao debate e, mais uma vez, reafirmou as posições da entidade referentes ao tema.
“O Estado impôs uma matriz sem discuti-lo amplamente com professores e professoras, causando um prejuízo pedagógico e de carreira muito grande”, afirmou. Agora, destacou a presidenta da APP, é necessário retomar o debate com o conjunto da categoria considerando o currículo como um todo: o projeto político pedagógico e a matriz curricular.
A disciplina mais prejudicada foi a de Educação Física, mas também outras disciplinas sofreram com o processo. “A Língua Espanhola, mesmo sendo obrigatória, não consta do currículo. No próximo ano a APP realizará Conferências de Educação nas escolas, nas suas regionais e estadualmente, para construir a nova proposta de pauta e, posteriormente, debater com os candidatos e candidatas ao governo do Estado. O currículo e, consequentemente a matriz curricular, comporão esse debate”, destacou Marlei.
As representantes da Secretaria de Estado da Educação (Seed) – coordenadoras pedagógicas do Departamento da Educação Básica – garantiram que a proposta do governo é de reabertura do debate. Mesmo assim, a APP questionou essa posição, inclusive se a realização for online, o que a entidade discorda fortemente.
Já o presidente da Comissão de Educação, deputado Adelino Ribeiro, e o deputado estadual Professor Lemos, organizadores da reunião, apresentaram uma proposta de alteração da Constituição do Estado para garantir o aumento da matriz curricular. Hoje, é impossível adequar todas as necessidades de matriz com o número de 25 horas-aula. A Assembleia Legislativa cobrará posição da Secretaria de Educação.
Também estava presente o representante da Secretaria de Esportes do Estado, Antonio Carlos Dourado, que fez a defesa do retorno da prática esportiva através das aulas de Educação Física. A professora Maria Josele Bucco Coelho, da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e da Associação dos Professores de Espanhol do Paraná, reafirmou o descumprimento do Estado em relação à obrigatoriedade da oferta da língua.
A presidenta da APP reafirmou a posição da entidade em defesa da escola pública de qualidade para todos e todas, e que o sindicato continuará lutando para garantir o amplo debate com a categoria, independente do governo, inclusive elaborando uma nova proposta – construída coletivamente – para 2015.
Compareceram à reunião os deputados Adelino Ribeiro, Professor Lemos, Teruo Kato, Elio Rush. Pela Seed, as técnicas pedagógicas Valeria Arias, Ana Carolina Camargo Morello e Marly Figueiredo. Pela APP-Sindicato, a presidenta Marlei Fernandes de Carvalho. Pela Associação de Língua Espanhola, a professora Maria Josele Bucco Coelho e pela Secretaria de Esportes, Antonio Carlos Dourado.
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