Muitas bandeiras. Diversas entidades, sindicatos, partidos políticos e representações dos mais variados movimentos. Pessoas de todas as idades, raças, gêneros. Este público heterogênio participou ativamente do lançamento, na noite de hoje (13), na sede da APP-Sindicato em Curitiba, do ‘Plebiscito popular por uma constituinte exclusiva e soberana do sistema político’. O objetivo de todos é o mesmo: potencializar o alcance da campanha construída pelos movimentos sindical e social e que tem como objetivo fazer, através de iniciativa democrática e popular, a tão ansiada reforma do sistema político no Brasil.
Lançado nacionalmente no dia 15 de novembro, o campanha está chegando aos Estados. De acordo com os(as) organizadores(as), a ideia é de fazer até setembro, quando está prevista a realização do plebiscito, diversas plenárias, momentos de formação, publicações, mobilizações para construir, coletivamente, um amplo debate. A esperança de todos(as) que encabeçam a iniciativa é que as pessoas se unam à proposta e construam – nos seus bairros, escolas, sindicatos, movimentos e locais de trabalhos – comitês populares para a organização e efetivação do plebiscito, que culminará no período de 1º a 7 de setembro de 2014, em plena Semana da Pátria.
Alexandre Boing, um dos coordenadores da campanha no Paraná, explicou o que é o plebiscito e o que ele pretende. “É uma iniciativa de várias forças políticas, movimento sociais, movimento sindical, diversos segmento da sociedade que estão preocupados com uma coisa: democratizar o país. Fazer com que o poder seja exercido pelo povo, e não para o povo. Que o povo tenha a possibilidade de participar do processo decisório das questões centrais do nosso país”, ressalta Boing. Ele acrescenta que hoje, por exemplo, quase não existem no Brasil instrumentos de democracia direta. “Os que temos são muito falhos e difíceis de ser acessados. precisamos criar novos formatos. Precisamos melhorar os conselhos, as conferências, fazer com que elas dialoguem entre si”, diz.
Para Boing, isto seria apenas o começo. “Precisamos, também, repensar essa democracia representativa que temos. Que não reflete a composição do povo brasileiro. Atualmente, o Congresso Federal não representa os mais de 50% de negros e negras do nosso país. Não representa a maior parte da população: as mulheres. Não representa a juventude, pois hoje apenas 3% dos parlamentares no Congresso são jovens. É preciso transformar. E nós só vamos conseguir isso conversando com o povo, porque este é o poder que o povo tem: de se agregar e discutir as coisas conjuntas. Queremos trabalha um novo projeto popular para o Brasil. Um projeto que discuta o país para daqui a 50 anos. E neste, projeto, nós queremos estar dentro”, afirma.
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