Mobilização faz governo recuar e projetos são retirados da pauta

Mobilização faz governo recuar e projetos são retirados da pauta


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Uma longa fila na portaria da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), em Curitba, já dava sinais claros do que seria a sessão na casa Legislativa nesta segunda-feira (16). Atendendo a convocação do Fórum das Entidades Sindicais (FES) e dos sindicatos que compõem a entidade, servidores(as) do Estado lotaram as galerias do plenário para mostrar claramente, aos deputados estaduais que compõem a base governista, o repúdio ao artifício usado pelo Poder Executivo para votar propostas polêmicas na Assembleia. A educação esteve presente na mobilização, apoiando a resistência dos(as) trabalhadores(as).

Logo no início dos trabalhos, o líder da bancada do governo, deputado Ademar Traiano (PSDB) leu um requerimento solicitando a retirada da pauta do dia – composta por mais de 60 itens – dos projetos de lei 22/2013 e 726/2013 e solicitando que os mesmos voltem a votação no dia 2 de fevereiro. A medida fez a galeria comemorar intensamente, gritando a plenos pulmões: ‘Não, não, não, a privatização’. Os dois projetos foram classificados pelo FES como tentativas de “privatizar os serviços públicos, a começar pela saúde, de forma a facilitar que a iniciativa privada fique com mais dinheiro público”. A presidenta da APP-Sindicato, professora Marlei Fernandes de Carvalho, comemorou o resultado da mobilização.

“Isso para nós, mais uma vez, é uma conquista importante, pois é um momento de pressão sobre os deputados, para fazê-los reconhecer de que não é possível que o governo mande vários projetos de lei, que são de tamanha importância para a população do Paraná, para serem votados assim, à toque de caixa. Não é admissível que este governo queira aprovar tais propostas e privatize a saúde no Estado. Não aceitamos isto, por isso que nós viemos aqui, com todas as s dificuldades,  trouxemos os servidores e é importante que o governo abra diálogo, porque não é possível que, mais uma vez, o projeto de privatização seja instaurado no Paraná”, avaliou.

Apesar do recuo do governo na tarde de hoje, as propostas voltarão à Assembleia. Por conta disso, o FES continuará monitorando todo o processo. “E teremos uma reunião, no início do janeiro, com os hospitais e com o Sindisaúde para debater o tema”, informou Marlei. Os deputados Professor Lemos e Tadeu Veneri também se mostraram satisfeitos com a retirada das propostas da pauta. Segundo Lemos, o funcionalismo público precisa ser valorizado e não privatizado. Veneri, por sua vez, solicitou que nos próximos 60 dias, prazo solicitado pelo governo para que os projetos voltem ao plenário, o Estado proponha um cronograma mínimo de audiências públicas que reúna todos os interessados nas propostas para debates.

:: Clique aqui para ler a moção aos projetos

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