A APP-Sindicato abriu na manhã de hoje, em sua sede em Curitiba, a reunião do Conselho Estadual da entidade, composta por diretoria e representantes das diversas regiões do Paraná. O Conselho vai antecipar durante o dia os temas que serão debatidos amanhã na Assembleia Estadual, que acontece a partir das 8h30, no Centro de Convenções de Curitiba, especialmente a pauta de negociações e a mobilização da categoria. A manhã foi dedicada a informes das diversas secretarias e à discussão de conjuntura com o deputado federal Doutor Rosinha (PT/PR) e com o economista Cid Cordeiro, do Dieese. Estiveram também presentes os deputados estaduais Professor Lemos e Tadeu Veneri (PT).
Doutor Rosinha analisou a situação de crise político-institucional na Venezuela e o panorama econômico e político do Brasil neste ano de eleições, quando também se iniciará a tentativa de uma reforma política profunda, que rompa os entraves da chantagem partidária a que os governos cedem em busca da governabilidade. “A política vai caindo no descrédito justamente em função da chantagem”, disse o parlamentar. Ele sustentou ainda que os partidos de esquerda têm de fazer uma leitura cuidadosa dos movimentos de rua iniciados em junho de 2013.
Cid Cordeiro apresentou a realidade das finanças do Estado e mostrou as possibilidades e limitações dos trabalhadores em negociar com um governo que surgiu prometendo ser bom gestor e que se mostrou gastador e ineficiente. Cordeiro observou que as dificuldades de caixa do Estado hoje não se devem, como tenta argumentar o governo, à dificuldade em conseguir empréstimos. O Paraná, segundo ele, sempre contou com uma pequena parcela de empréstimos na composição orçamentária.
Por outro lado, se o governo teve dificuldade finalizar estas operações foi justamente por ele próprio superestimar o percentual de gastos com pessoal para tentar mostrar ao funcionalismo que não tinha como dar reajustes maiores. Agora tenta culpar o governo federal pela ausência de transferências. “São falsas polêmicas para esconder a sua irresponsabilidade fiscal, pois gastou com custeio muito acima da inflação”, disse Cid Cordeiro, que prevê um ano de grande restrição nos gastos do Estado.
O evento prossegue pela tarde, com os debates.