O governo do Paraná acaba de implantar mais uma medida desumana contra os(as) educadores(as). Com base em um parecer da Procuradoria Geral do Estado (PGE), a partir deste mês os professores(as) e funcionários(as) que necessitaram utilizar licença médica tiveram parte de seus vencimentos cortados. Em alguns casos, professores receberão, na folha de pagamento de fevereiro, R$ 680 reais a menos. O motivo para isto? Ficar doente! A maior parte das licenças de saúde retirada por nossa categoria tem como causa a exaustão do próprio trabalho. O quadro de adoecimento na Educação é crescente e alarmante.
O auxílio-transporte foi uma conquista histórica dos(as) trabalhadores em Educação do Paraná através dos planos de carreira dos professores(as), de 2004, e dos funcionários(as), em 2008. No caso do magistério, o auxílio-transporte substituiu a Gratificação de Difícil Acesso, que era paga a um grupo menor de professores. Desde o Plano de Carreira, o auxílio-transporte passou a ser pago a todos os professores, com incidência, inclusive, no 13º salário e 1/3 de férias. No momento de sua conquista, houve um acordo com os(as) educadores(as) para que não ocorresse este tipo de medida adotada pelo atual governo do Estado.
A situação é bem preocupante e a APP recebeu a notícia com surpresa. “É revoltante a insensibilidade do governo. Por um lado cria auxílio-moradia para juízes e, por outro, corta o auxílio-transporte de servidores que estão doentes. No momento que estes mais precisam da atenção do Estado, este lhes vira as costas”, afirma o secretário de Comunicação da APP, Luiz Carlos Paixão da Rocha.
A direção da entidade questionou a medida do governo na última reunião, realizada nesta terça-feira (25), com a Secretaria de Educação (Seed). O diretor geral Jorge Wekerlin afirmou que a Seed vinha postergando a aplicação do corte, mas, neste mês, teve que implementar a decisão do PGE do Estado. A APP-Sindicato está analisando juridicamente as ações cabíveis diante deste quadro.