No último dia 07 de março, o Sindeduc/Pinhais, sindicato que representa todos(as) trabalhadores de Educação Pública Municipal de Pinhais realizou uma assembleia extraordinária para que a categoria deliberasse sobre a convocação de greve nacional, emitida pela Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE). Com plenária lotada, o presidente da entidade, Geovane Santos da Silva, falou sobre a situação legal do sindicato.
Ele fez um breve resgate histórico do movimento sindical no Brasil e, em seguida, leu um parecer do Tribunal de Justiça do Paraná pautado em decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que se refere à desnecessidade de carta sindical para a atuação de um sindicato. Reforçou que o Sindeduc/Pinhais está com toda a documentação legalizada, logo, a entidade é legal, sim, ao contrário do que tem dito a atual administração municipal de Pinhais.
Ainda de acordo com Geovane, o que dá legitimidade ao Sindeduc/Pinhais é quantidade significativa de filiados. Para ele, um sindicato que tem pouco mais de um ano de fundação, já contar com quase 70% dos funcionários da educação associados à entidade, é a prova do reconhecimento da categoria. A assembleia dos educadores de Pinhais contou com a participação dos diretores da APP-Sindicato José Valdevino de Morais (também CNTE), Edilson Aparecido de Paula e Isabel Catarina Zöllner (também CUT).
“Essas entidades estarão envolvidas na greve nacional, portanto, a paralisação não ocorrerá de forma isolada, pois na pauta principal estão reivindicações de caráter nacional, estadual e municipal”, avaliou o presidente do Sindeduc. Durante o debate realizado na assembleia dos educadores de Pinhais, um dos principais motivos alegados pela categoria para aderir ao movimento é a falta de condições dignas de trabalho, com salas de aula lotadas, um plano de Cargos e Carreira que não privilegia a merecida valorização, entre outros.
Os trabalhadores decidiram por unanimidade aderir a um dia de paralisação, o qual ocorrerá no dia 17 de março de 2014. A concentração será às 9 horas da manhã, em frente à Câmara Municipal de Pinhais, de onde seguem em marcha até a Prefeitura para entregar uma carta contendo as reivindicações da categoria, ao Prefeito de Pinhais, Luizão Goulart, do PT. A carta será assinada pelas três entidades CNTE, APP-Sindicato E Sindeduc/Pinhais.
Segundo o professor Edilson a principal reivindicação da pauta municipal é o reconhecimento e o respeito, por parte do Poder Executivo local, ao sindicato da categoria, o Sindeduc/Pinhais, com a imediata abertura de negociação bem como a liberação de dirigentes para realizar as atividades sindicais, de acordo com o direito constitucional. “Espero, também, que com a visão de classe e o seu histórico de lutas, o Executivo se sensibilize e reconheça imediatamente o sindicato e atenda às reivindicações dos trabalhadores em educação pública de Pinhais”, destacou Edilson.