O CineMAE no mês de março fez uma seleção de filmes para comemorar o Dia Internacional da Mulher. Para isso, foram selecionadas produções de diferentes países, que retratam histórias de mulheres que foram privadas de seus direitos em distintos momentos e de diferentes formas. Esses dramas, no entanto, foram e continuam sendo motivo de constante luta. Assim, por “comemorar” entende-se “fazer recordar” e “lembrar juntos”. O que se procura trazer à memória com este ciclo temático são as motivações que levaram ao surgimento de inúmeras lutas encabeçadas por grupos de mulheres até a atualidade e assim proporcionar a reflexão sobre a importância deste dia.
Há versões divergentes sobre a origem do “Dia Internacional da Mulher”, comemorado em 8 de março. As mais conhecidas falam que a origem da data está ligada a greves de trabalhadoras, uma delas iniciada nos EUA, entre o final do século XIX e início do XX, e outra na antiga URSS, em 1917. O fato, é que a data só foi oficialmente reconhecida pela ONU em 1977, o que decorreu de inúmeras lutas encampadas por feministas desde o início do século XX.
A partir deste mês, o CineMAE volta a acontecer semanalmente aos sábados às 19h30 em Paranaguá, no Auditório do Museu de Arqueologia e Etnologia.
Confira a programação:
“Anjos do sol”. Direção: Rudi Lagemann. 2006. Brasil. Drama. 92 min. 14 anos.
Sinopse: Maria é uma jovem de 12 anos que mora no interior do nordeste brasileiro. No verão de 2002 ela é vendida por sua família a um recrutador de prostitutas. Após ser comprada em um leilão de meninas virgens, Maria é enviada a um prostíbulo localizado perto de um garimpo, na floresta amazônica. Após meses sofrendo abusos, ela consegue fugir e passa a cruzar o Brasil através de viagens de caminhão. Mas, ao chegar ao Rio de Janeiro, a prostituição volta a cruzar seu caminho.
“Flor do deserto”. Direção: Sherry Hormann. 2009. Reino Unido/Áustria/Alemanha. Drama. 120 min. 14 anos.
Sinopse: Waris Dirie nasceu em uma família de criadores de gado nômades, na Somália. Aos 13 anos, para fugir de um casamento arranjado, ela atravessou o deserto por dias até chegar em Mogadishu, capital do país. Seus parentes a enviaram para Londres, onde trabalhou como empregada na embaixada da Somália. Ela passa toda a adolescência sem ser alfabetizada. Quando vê a chance de retornar ao país, ela descobre que é ilegal na Somália e não tem mais para onde ir. Com a ajuda de Marylin, uma descontraída vendedora, Waris consegue um abrigo. Ela passa a trabalhar em um restaurante fast food, onde é descoberta pelo famoso fotógrafo Terry Donaldson. Através da ambiciosa Lucinda, sua agente, Waris torna-se modelo. Só que, apesar da vida de sucesso, ela ainda sofre com as lembranças de um segredo de infância.
“4 meses, 3 semanas e 2 dias”. Direção: Cristian Mungiu. 2007. Romênia/Bélgica. Drama. 113 min. 16 anos.
Sinopse: Em 1987, nos últimos dias do comunismo na Romênia, Otilia e Gabita dividem um quarto num dormitório estudantil. Elas são colegas de classe na universidade de uma pequena cidade romena. Gabita está grávida e o aborto é ilegal no país. Otilia aluga um quarto num hotel barato. Lá elas recebem um certo Sr. Bebe, chamado para resolver a questão. Mas, ao saber que Gabita está com a gravidez mais adiantada do que havia informado, Sr. Bebe aumenta as exigências para o serviço. Ele cobra um preço que as duas não estão preparadas para pagar.
“Terra Fria”. Direção: Niki Caro. 2005. EUA. Drama. 126 min. 14 anos.
Sinopse: Após um casamento fracassado, Josey Aimes (Charlize Theron) retorna à sua cidade natal, no Minnesota, em busca de emprego. Mãe solteira e com dois filhos para sustentar, ela é contratada pela principal fonte de empregos da região: as minas de ferro, que sustentam a cidade há gerações. O trabalho é duro, mas o salário é bom, o que compensa o esforço. Aos poucos as amizades conquistadas no trabalho passam a fazer parte do dia-a-dia de Josey, aproximando famílias e vizinhos. Incentivada por Glory, uma das poucas mulheres da cidade que trabalha nas minas, Josey passa a trabalhar no grupo daqueles que penam para arrancar o minério das pedreiras. Ela está preparada para o trabalho duro e, às vezes, perigoso, mas o que não esperava era sofrer com o assédio dos seus colegas de trabalho. Ao reclamar do tratamento recebido pelos colegas, é ignorada. Josey, então, decide levar o caso à justiça.
“For Colored Girls”. Direção: Tyler Perry. 2010. EUA. Drama. 134 min. 12 anos.
Sinopse: Adaptado de um livro de poesias escrito em 1975 por Ntozake Shange, autora que se auto-afirma como feminista negra. O filme retrata as vidas interligadas de nove mulheres afro-americanas, explorando os dramas de suas vidas em diversos estratos sociais e faixas etárias, perpassando por discussões sobre sexualidade, aborto, violência sexual, distúrbios psicológicos, entre outras.
Serviço
“CineMAE apresenta Ciclo MULHERES – Dramas e Lutas”
Quando: Março de 2014, todos os sábados, às 19h30
Onde: Auditório do Museu de Arqueologia e Etnologia da UFPR – Rua XV de Novembro, 575, em frente à Praça 29 de julho – Centro Histórico – PARANAGUÁ/PR.
Mais informações: (41)3721-1200 ou (41)3313-2045 http://blogcinemae.wordpress.com
ENTRADA FRANCA
Fonte: UFPR