Educadores(as) em todo Estado exigem um novo modelo de saúde

Educadores(as) em todo Estado exigem um novo modelo de saúde


null

Cansados da ineficiência do atual Sistema de Atendimento ao Servidor (SAS) e da falta de comprometimento do governo de encaminhar um novo modelo de saúde, professores(as) e funcionários(as) realizaram, nesta terça (18), atos em várias regiões do Paraná e se preparam para a paralisação total de amanhã (19).  

Em Maringá, o ato se concentrou em frente ao Núcleo Regional de Educação (NRE). Estudantes e educadores levaram cartazes com frases que demonstravam a indignação da comunidade escolar com as medidas do governo com relação a Educação e com o descaso com o atendimento à saúde. Em Guarapuava, os(as) educadores(as) se concentraram na Praça 9 de Dezembro, também portando faixas e cartazes para mostrar a população o descaso com a categoria.

Em Londrina, os alunos foram dispensados mais cedo e os(as) educadores(as) participaram do ato em frente ao SAS. Munidos de cartazes e faixas, a categoria deu o seu recado: queremos um melhor atendimento já! Em Curitiba, um ato silencioso aconteceu em frente ao ambulatório do Hospital Cruz Vermelha, instituição privada que presta serviço ao SAS. Educadores(as) entregaram panfletos e conversaram com a população que por ali passava. Para simbolizar a demora nos atendimentos, uma fila foi organizada em frente à entrada do hospital.

O secretário de Saúde e Previdência da APP-Sindicato, professor Idemar Beki explica o objetivo de toda essa mobilização estadual. “Queremos chamar a atenção da opinião pública, da sociedade e principalmente do governo para o descaso no atendimento a saúde, em especial dos educadores, porque o atual governador Beto Richa, enquanto candidato, prometeu se eleito, que mudaria o atual SAS por outro modelo de saúde que o Fórum das Entidades Sindicais já tem há muito tempo, mas até hoje não saiu do papel”, explicou.

Muitos(as) dos(as) servidores(as) que entravam e saíam do hospital para atendimento relataram a precariedade do serviço. A aposentada Aparecida Gomes reclamou da demora de conseguir atendimento. “É muito difícil arrumar uma consulta, eu estou sofrendo demais, vou ficar inválida das pernas. Para conseguir um médico tenho que esperar meses. Só morrendo mesmo. Está difícil. Só isso que eu falo”, lamentou.

Já a aposentada da Educação Maria do Rosário da Silva terá que esperar mais de três meses para ser atendida. “É um absurdo isso aqui. Peguei consulta para 60 dias, aí como eu não posso vir naquele horário, então é só para junho. Eu tenho problema cardíaco, sou hipertensa e terei que esperar mais de 90 dias para uma consulta, sem contar que os exames que eu fiz já não valerão mais, pois a validade é de três meses. Assim não dá”, reclamou.

No dia 25 de fevereiro o Fórum das Entidades Sindicais (FES) protocolou dois projetos de lei na Assembleia Legislativa do Paraná: o PL 88/2014, que propõe um programa amplo que cuida do bem-estar físico e psicológico dos(as) servidores(as) desde seu local de trabalho, que é a Lei da Saúde do Trabalhador, e o PL 89/2014, que cria o Instituto Paranaense de Saúde (IPESaúde). “Vamos pressionar os deputados, para que eles também pressionem o governo do estado para que, de fato, aconteça a implementação deste novo modelo de saúde para nós”, ressaltou Idemar.

Também foi pauta do dia de hoje o auxílio transporte para os(as) educadores(as) que estão afastados por licença médica que foi cortado a partir de fevereiro pelo governo Richa. “Nós sabemos que a questão do auxílio transporte, já se tornou parte do salário dos educadores. Essa questão do educador estar doente, ter o auxilio transporte e o governo cortar, quando você mais necessita, é uma coisa muito ruim. Estamos entrando na justiça para poder rever essa situação”, afirma o secretário.

Convocação – Amanhã (19), a mobilização será ainda maior. A presidenta da APP-Sindicato Marlei Fernandes de Carvalho convoca a categoria. “Nós temos muitos temas a tratar com o governo, o primeiro deles, que vai para a mesa de negociação, é o porte das escolas, porque o governo está tirando trabalhadores das unidades. Os números já são insuficientes e o governo ainda está diminuindo. Então, amanhã nós não saímos da mesa de negociação sem que o governo recue neste corte. E quero convocar toda a nossa categoria para nossa grande passeata em Curitiba, com concentração a partir das 9h00, na Praça Santos Andrade, rumo ao Palácio. A reunião com a secretaria de Educação será às 11h30. Vamos à luta!”, conclamou.

Data: 19 de março
Horário: A partir das 9h00
Local: Concentração na Praça Santos Andrade

MENU