Greve dos Servidores da Saúde continua

Greve dos Servidores da Saúde continua


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 Os servidores da saúde decidiram dar continuidade à greve da categoria, que entra nesta quinta-feira (03) em seu 17º dia de paralisação em todo o Estado. A decisão foi tomada em assembleia, realizada na tarde desta quarta-feira 02), após uma reunião de negociação, na parte da manhã, com a participação de representantes da Secretaria Estadual de Administração e da Previdência (Seap) e da Secretaria da Saúde (Sesa) e dirigentes do Sindicato dos Servidores Estaduais da Saúde no Paraná (SindSaúde). 

A categoria entendeu que o governo não atendeu às suas reivindicações. A expectativa era de que o governo apresentasse, na reunião, a proposta de Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos (PCCV), conforme a gestão havia prometido na última reunião entre as partes, no dia 26 de março. O PCCV é uma das principais reivindicações dos trabalhadores. Mas isso não aconteceu. Na reunião, o governo se limitou a marcar uma nova data para apresentar o Plano, em 28 de abril. 

Os únicos avanços aconteceram em relação a duas reivindicações. O governo se comprometeu a apresentar dois projetos de Lei na Assembleia Legislativa, ainda no mês de abril. Um deles prevê o não desconto de licença-maternidade no estágio probatório. O outro refere-se ao pagamento de diárias a quem se locomove nas regiões metropolitanas.

A greve – A estimativa do SindSaúde é que o movimento conta com 70% de adesão.A greve dos servidores da saúde se estende a praticamente todos os locais de trabalho onde atuam os cerca de 9 mil trabalhadores da base do SindSaúde, em especial aos hospitais públicos estaduais, onde trabalham 4,5 mil servidores. 

A greve começou no dia 18 de abril. De lá para cá, em todos os dias, a categoria vem se revezando em passeatas, distribuição de panfletos nas ruas e manifestações em diversas cidades, como Campo Largo, Francisco Beltrão, Cascavel, Paranaguá, Guaraqueçaba, Londrina e Curitiba, municípios que possuem hospitais estaduais. 

Desde o início da greve, por duas vezes aconteceram reuniões com representantes da Secretaria Estadual de Administração e da Previdência (Seap) e da Saúde (Sesa). A primeira foi no dia 24, quando não houve avanços. A segunda aconteceu dois dias depois, dia 26, quando o governo disse apenas que apresentaria sua proposta de Quadro Próprio da Saúde em outra reunião, no dia 2. Nesse dia, o SindSaúde foi às ruas com uma passeata gigante até a frente do Palácio, onde os trabalhadores acompanharam o andamento da negociação. À tarde, os servidores fizeram uma assembleia, decidindo pela continuidade da greve.

O porquê da greve – A categoria tem uma pauta de 14 reivindicações, sendo que a maioria dos itens já vem sendo debatida com a atual gestão desde 2011, primeiro ano do governo Beto Richa, sem avanços.

A pauta – A pauta de reivindicações dos servidores da saúde possui 14 itens. O número um é a defesa da saúde pública. Para os trabalhadores, a aprovação do Projeto 726, que transfere a gestão da Secretaria de Saúde a uma fundação privada, fere a constituição e é um golpe contra os direitos dos servidores públicos.

Seguem os 14 itens:

1. Contra a terceirização e privatização da saúde pública e dos serviços públicos; 2. Reajuste e incorporação da GAS;3. Reajuste da data-base mais aumento real; 4. Aprovação e implementação do PCCV com 30 horas; 5. Pagamento das promoções e progressões atrasadas; 6. Defesa da Paraná Previdência e implantação da aposentadoria especial; 7. Luta pelo reenquadramento; 8. Revisão do cálculo da hora extra; 9. Regras do estágio probatório; 10. Ampliação do auxílio transporte; 11. Alteração da lei do vale alimentação; 12. Revisão do decreto que rege o pagamento de diárias; 13. Aprovação e implementação do Projeto de lei sobre saúde do trabalhador; 14. Realização de concurso público para ingresso no estado.

 Fonte: SindSaúde

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