Vigília pelo direito à isonomia salarial

Vigília pelo direito à isonomia salarial


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Os professores(as) aposentados(as) não esmoreceram. Ao final desta segunda-feira (14), trabalhadores e trabalhadoras da educação continuaram, em vigília, na frente do Palácio Iguaçu,em Curitiba, após um dia de mobilização pública e reunião com o governo para o debate sobre uma irregularidade em suas aposentadorias.

O segmento reivindica a resolução de um impasse que dura 18 anos: a readequação no nível da tabela salarial, conforme a Lei do Plano de Carreira do Magistério. “Hoje infelizmente muito dos nossos aposentados estão com um sentimento de ingratidão. Queremos dizer, aqui, que toda a Educação do Paraná sofre e que, por isso estaremos em greve a partir do dia 23 de abril. O enquadramento dos nossos aposentados é um dos pontos da pauta. Lutamos para valorizar aqueles que tanto lutaram pela formação dos paranaenses”, explica o secretário de comunicação, professor Luiz Carlos Paixão.

A vigília noturna contou com um acender de velas na porta do Palácio Iguaçu. A professora Maria Adelaide Mazza Correia, aposentada há 17 anos, explica a simbologia do ato. “Nós sofremos uma forte descriminação. Enquanto os aposentados de 1996 em diante,  tiveram a oportunidade de estarem neste nível de carreira, os anteriores ainda sofrem com a falta de isonomia. As velas são para que a luz das  traga visibilidade para nossas causa. Queremos mostrar ao governo que não somos invisíveis. Somos aposentados, mas estamos juntos, trabalhando e, com a categoria, fazendo o nosso trabalho”, reforça a professora.


Entenda o que é a readequação ao nível II da carreira – Hoje, em todo Paraná, mais de 10 mil os(as) educadores aposentados(as) sofrem com a defasagem em seus salários pois foram aposentados(as) com a indevida enquadração à Lei Complementar 77/1996. Posteriormente, quando  aprovado Plano de Carreira dos Professores a APP entrou na luta para que o enquadramento ao Nível II do Plano fosse aplicado a esses profissionais, para garantir a isonomia na remuneração dos servidores(as) da educação que se aposentaram após a aprovação do Piso. A batalha perdura até hoje, sua resolução foi uma das promessas de campanha do atual governador, Beto Richa, e é um dos temas da pauta de negociação com o governo do Estado.
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