O Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) tem apoiado desde o inicio a greve geral dos(as) professores(as) e funcionários(as) da escola. A segurança e a alimentação de todo o acampamento da greve é realizada por trabalhadores(as) do movimento.
Roberto Galdino Neves é militante do MST de Cascavel e acredita que a organização diferenciada do movimento contribui muito para espaços como este. “Nós estamos aqui para dar uma força para o pessoal da APP, os professores e funcionários, nós somos parceiros. Essa greve influencia também o nosso movimento, dentro do MST. A gente também tem escola, têm os filhos dos assentados e acampados que estudam e que neste exato momento também estão sem aula. Nós estamos fornecendo a alimentação, todos os alimentos aqui são orgânicos de nossos assentamentos da região, de Cascavel, Toledo, Foz do Iguaçu e Antonina. A cozinha também é nossa. Como a gente tem uma experiência diferenciada de segurança e organização de acampamento, nós fomos viemos ajudar.”
Para Célia Aparecida Rosa do MST de Antonina a participação na greve tem sido uma experiência muito boa, “está sendo muito gostoso, principalmente por poder apoiar os professores. A gente que tem filho, o que melhora para os professores, melhora para eles. Estamos aqui cozinhando, é bem corrido, mas está gostoso. Temos um cardápio bem variado e saudável, no cardápio de ontem no almoço, teve quirera com carne de porco e a noite teve arroz, feijão, saladas, carne de boi e ainda macarrão”.
Para uma categoria que luta por uma alimentação saudável para os(as) seus(as) alunos(as), que venha da agricultura familiar e sem agrotóxicos, ter a presença do MST em um momento tão importante, faz todo o sentido e só reafirma a que a luta por uma educação de qualidade é de todos e todas.