Professores(as) e funcionários(as) do Colégio Estadual João Paulo I, localizado no Bairro Boa Vista em Curitiba, chamam a atenção de quem passa pelo acampamento da greve dos(as) educadores(as). Em uma grande tenda, que abriga três barracas e uma estrutura semelhante à uma sala de estar (com mesas, quitutes e até uma televisão), os(as) educadores(as) do colégio revezam-se para manter representantes da escola em todos os turnos, pelo período que durar a pralisação.
A organização e a mobilização da equipe começou logo após a aprovação da greve, na última assembleia geral da categoria, realizada no dia 29 de março. “A partir do momento que se deu a greve, nossa consciência foi de era preciso estarmos todos aqui. Conscientizando aqueles que passassem pelo acampamento”, relembra a professora Vânia Maria da Costa.
“Montamos um espaço com três barracas, com uma estrutura que tem o mínimo de conforto para que possamos ficar durante todo o tempo da greve aqui para, justamente, sensibilizar os colegas que não estão em greve”, reforça o professor Carlos Henrique Fresta dos Santos que continua: “Temos o apoio de mães de alunos que passam aqui para nos manifestar solidariedade a nossa luta”, comemora o professor durante uma animada conversa sob a tenda do Colégio Papa João Paulo I.
Durante a entrevista para a matéria, um outro professor do Colégio chega trazendo lanches e entusiamo para os que estava no local. “A primeira conversa que tivemos foi que greve não é férias. Greve é na rua. Foi essa conversa é que trouxe as pessoas para a luta. Fizemos a abordagem, inciamos a organização. Aos poucos montamos essa estrutura” comenta o professor Otávio Camargo Lobo, ao apontar para as três barracas. “Eu trouxe uma barraca, outro professor trouxe outra, uma professora organizou as mesas. Assim, todo o engajamento resultou nisso aqui. Com certeza, foi a união que nos trouxe até aqui”, narra o educador.
Em todo Paraná, muitos professores(as), funcionários(as), alunos(as), pais, mães, escolas, Núcleos Sindicais estão sendo exemplos de organização e dedicação à luta por uma educação pública com qualidade, neste período de greve geral. A APP-Sindicato orgulha-se destes exemplos de força que contribuem para a construção de um movimento que já é histórico. Somos todos e todas vencedoras neste processo de construção da democracia.