Durante a atividade, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, admitiu que o governo demorou a estabelecer diálogo com a população sobre a Copa do Mundo, o que levou as pessoas a protestar em todo o país. “Nós demoramos a conversar. Deixamos de oferecer a informação e a possibilidade de debate em torno da Copa do Mundo, mas antes tarde do que nunca” afirmou o ministro durante o debate.
Carvalho também negou que estes debates, que estão ocorrendo em todas as regiões do país, tenha o objetivo de coibir as manifestações de protesto durante a Copa e que, caso isto ocorra, os brasileiros devem ter orgulho. “Quando o turista estrangeiro chegar aqui e vir uma manifestação, terá que entender, e isso pra nosso orgulho nosso, de que a democracia brasileira é assim. O povo brasileiro passou a ser sujeito de direitos e, consciente disso, e vai à luta. E governo, daqui pra frente, vai ter que aprender a conviver com isso”, analisou.
Números – O ministro também enfatizou que o seminário foi uma forma encontrada pelo governo para desmentir boatos e mentiras envolvendo a realização da Copa do Mundo no Brasil. Entre este ele esclareceu que o país investiu R$ 25,6 bilhões na construção e reforma dos 12 estádios além de obras de infraestrutura. Deste montante, R$ 17 bilhões para infraestrutura, enquanto R$ 8 bilhões foram usados para os estádios. Segundo Carvalho, os investimentos na Copa não afetaram os valores investidos nas áreas de Saúde e Educação.
“Os R$ 25,6 bilhões gastos com estádios e obras ligados à Copa, desde 2010, não são comparáveis aos R$ 825,3 bilhões que o governo federal investiu em educação e saúde nesse mesmo período”, explicou. Durante o seminário foi distribuída uma cartilha elaborada pelo governo que mostra quanto custou cada arena, as obras de mobilidade, telecomunicações e infraestrutura do Mundial e que faz comparações com as que foram feitas em outros países. Nos 12 estádios brasileiros, que custaram R$ 8 bilhões, o governo federal entrou com R$ 3,9 bilhões de financiamento do BNDES. “A Copa gera um legado antes e depois do evento”, enfatizou Carvalho.
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