Representantes do Fórum das Entidades Sindicais (FES) estiveram mais uma vez em reunião com diretores(as) e superintendentes do Departamento de Assistência à Saúde (DAS), para o debate sobre o Novo Modelo de Saúde. O grupo de servidores(as) estaduais resgatou o funcionamento do antigo sistema de atendimento, o IPE, onde havia dois centros de especialidades localizados em Londrina e Curitiba, com vários serviços próprios (especialidades médicas, odontologia, fisioterapia, psicologia e também raio-x). Nesse antigo modelo, nos municípios em que não havia ambulatório próprio, o servidor ou servidora procurava serviços credenciados e fazia o pagamento de um fator moderador. O antigo modelo veio a falência, no entanto porque os recursos escassos fizeram os(as) prestadores(as) de serviços já não quisessem mais atender.
O FES foi veemente ao reafirmar que continuará na cobrança para que o governo apresente a proposta de um novo modelo de saúde e alega que o IPE proporcionava cobertura total aos usuários e usuárias.
O superintendente do DAS, Eduardo Mischiatti, mencionou que no antigo Instituto de Previdência e Saúde, o(a) servidor(a) ajudava a custear as despesas através do pagamento do fator moderador na hora dos exames e consultas feitas nos serviços credenciados, reforçando a alegação do governo que “custear o sistema de saúde não é fácil”.
O secretário de Saúde e Previdência da APP e membro do Fórum, professor Idemar Beki, mencionou que o Projeto de Lei 89-2014 (chamdo de Ipesaúde), apresentado pela bancada do PT na Assembleia Legislativa do Paraná em fevereiro deste ano, contempla amplamente o que falta hoje no SAS: órteses, próteses, ressonância magnética, cirurgia cardíaca, fonoaudiologia, psicologia.
O grupo ainda defendeu que Código Estadual de Saúde, órgão que determina que o Estado tenha uma política ampla de saúde no setor público, na linha da promoção e da prevenção, mas nada é feito apesar dos anos e anos de debates entre FES e governos. “Se na saúde do trabalhador nada é feito, no SAS nada muda. E que a medida que as pessoas adoecem não há qualquer serviço para investigar e saber se o adoecimento é do trabalho ou não. E a assistência ofertada pelo SAS, também tem muitas falhas pois o sistema é inadequado e pouco resolutivo”, argumentou Elaine Rodella, representante do Fórum.
Para o presidente interino da APP-Sindicato, professor Hermes Leão, o FES e o governo ainda precisam de reuniões para tratarem da regionalização, de financiamento e reafirmou que os servidores e servidoras públicos não estão sendo assistidos pelo atual SAS. A Data para próxima reunião já está marcada: dia 5 de agosto e tratará justamente da pauta levantada e defendida pelo FES, a regionalização do novo Modelo de Atendimento à Saúde do servidor(a).