Análise política e educacional encerra manhã da Conferência

Análise política e educacional encerra manhã da Conferência


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A palestra que encerrou o primeiro período de debates da VI Conferência Estadual da Educação da APP-Sindicato trouxe uma importante reflexão: qual o papel dos trabalhadores e trabalhadoras na construção de uma educação pública com mais qualidade?  Para reavivar o momento histórico da política de governo, sob a qual, a educação paranaense está atualmente inserida, e apontar os desafios do setor para os próximos anos, a presidenta licenciada da APP, professora Marlei Fernandes de Carvalho, foi convidada para tratar do tema ‘Avaliação das Políticas Educacionais do Estado do Paraná’.

Em contribuição aos debates sobre os treze eixos centrais da Conferência que acontecerá hoje à tarde, a professora Marlei evidenciou que o evento é um método de trabalho cujo objetivo é evitar que cada governo adote uma política educacional diferente. “Temos avaliado, ao longo destes últimos quatro anos, três momentos educacionais deste governo. O primeiro, o da política da privatização; o segundo, o desmonte pedagógico e o terceiro,o da a pedagogia das planilhas” enumera, ao comentar sobre condições impostas que prejudicaram diretamente o trabalho dos educadores(as) e o aprendizado dos(as) estudantes em sala de aula. A professora relembrou, como exemplo, a instituição de projetos como o Tudo Aqui Paraná, a criação da Funeas, a parceria do governo com empresas como Wall Mart e Windows, além a visão empresarial e mercadológica repassada diretamente aos diretores, diretoras e equipe pedagógica, em geral.

O fechamento, ou não abertura das turmas, da Educação de Jovens e Adultos (EJA), das salas de apoio e a reestruturação da matriz curricular, sem debate prévio com a categoria, a ausência de programas de formação continuada para professores(as) e funcionários(as) também foram mencionados como características do atual governo.

Para além das próximas eleições, a professora chamou a categoria para a responsabilidade na formulação de fiscalização dos objetivos serem elencados nesta Conferência. “Queremos e merecemos alunos e alunas emancipados, que entendam o que é luta de classes e que sejam independentes na formulação do seu pensar. Queremos e merecemos condições dignas de trabalho, formação, assistência à nossa saúde e aposentadoria”, completou.

A mobilização nas escolas, as passeatas, manifestações e ações unificadas da categoria são as ferramentas para a garantia do cumprimento dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras da educação. Com a aprovação do novo Plano Nacional da Educação (PNE), que garante em lei um adicional de recursos financeiros investidos na educação, a pauta da categoria precisa estar construída e alinhada. “A perspectiva dos 10% do PIB para a educação trás um novo cenário de remuneração, concurso e investimentos que reivindicamos há 40 anos. Metas que podem que pode ser concretizados nos próximos 10 anos. Precisamos constituir os planos de educação, no âmbito municipal e estadual, isso é tarefa nossa”, enfatiza a palestrante. Conferência Estadual da Educação da APP é um destes espaços públicos e democráticos para a sistematização das necessidades dos educadores, enquanto trabalhadores, e das escolas, enquanto espaço de ensino e aprendizado. A Conferência termina neste sábado (02) com a formulação de um Caderno de Resoluções que será entregue aos candidatos e candidatas ao governo do Estado. Um debate entre os(as) que pleiteiam o mandato acontecerá no dia 19 de agosto, às 9h, na sede da APP-Sindicato em Curitiba.

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