Foram meses de organização, que contou com o envolvimento de dezenas de pessoas para a realização VI Conferência de Educação da APP-Sindicato. Da revisão do caderno de resoluções da última Conferência (realizada em 2010), passando pelos debates regionais feitos nos 29 núcleos sindicais da APP, desembocando nos debates dos grupos de trabalho e na plenária final, que será realizada neste sábado (2), na etapa estadual, o processo – na visão da secretária Educacional da entidade, professora Walkíria Olegário Mazeto, foi extremamente trabalhoso mas já apresenta um saldo claramente positivo. Ao analisar o primeiro dia da atividade, Walkíria destacou a abertura da Conferência.
“Abrimos os trabalhos com uma apresentação cultural da Orquestra Latino Americana. É uma orquestra recém-formada na Unespar, que é uma universidade também recém-formada. Ela é constituída pelas antigas faculdades de educação e, hoje, é basicamente formada por alunos de Licenciaturas. Então, são futuros professores. E trazer este grupo para cá, com músicas latino-americanas, reforça a defesa que fazemos há um bom tempo: da integração e necessidade de um debate de uma educação para a América Latina. Também contamos com a contribuição muito importante do Coral da APP, formado pelas nossas professoras aposentadas, que cantaram lindamente, conosco, no início. Então, hoje tivemos muito trabalho, mas tivemos também o enriquecimento cultural, a humanização, pois a cultura humaniza”, ressaltou.
Sobre as palestras iniciais, Walkíria comentou a participação do vice-presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), professor Milton Canuto. Segundo ela, Canuto faz um trabalho brilhante, no país inteiro, sobre financiamento da educação, mas fala da educação como um todo. E ele trouxe para o debate na APP os desafios postos para a educação brasileira agora, após a aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE).
“Ele fez uma retomada histórica de como se constitui as legislações educacionais no país e de quanto demorou para termos uma legislação que possa dar a população em geral um cenário de futuro, isto é, que possa garantir condições de melhoria com recursos e com planejamento, coisas que as outras legislações não garantiam. A luta dos trabalhadores e de todos aqueles que fazem a defendem a educação no país conseguiu melhorar o PNE, que ainda não é o que desejávamos, mas conseguiu avançar, a partir do que existia antes, para uma legislação que garanta melhoria na qualidade da educação nos próximos dez anos, já contemplando financiamento e como se operacionaliza todo este processo”, sintetizou a dirigente da APP.
Em seguida, a presidenta licenciada da APP, professora Marlei Fernandes de Carvalho, fez uma avaliação das políticas educacionais no Paraná, contextualizando para o debate do período da tarde, quando os delegados se debruçaram para avaliar o que atual cenário da educação paranaense, que é o objetivo da Conferência. “Assim, relemos nos grupos, novamente, a proposta do caderno de debate e avaliamos as emendas que vieram nas 29 conferências regionais que aconteceram. O trabalho nos grupos foi muito bom e produtivo. Alguns grupos terminaram o processo após 19h. E avaliar como está a educação no Estado, propor o que queremos é exatamente nosso propósito. Foi um dia muito produtivo no qual reafirmamos o caráter público e a defesa do público na educação”, finalizou Walkíria.
Palestina – Antes do início da primeira palestra, a mesa convidou Ualid Rabah, diretor de relações institucionais da Federação Árabe Palestina, para falar sobre o ato que aconteceu hoje (1º), ao meio-dia, na Praça Santos Andrade, pelo fim da violência contra o povo palestino. Rabah explicou que a mobilização estava sendo promovida em todo o mundo. “E integrantes de grupos de trabalho, de todo o Estado, fizeram questão de participar do ato”, explica a secretária Educacional da APP, que reafirmou a pauta internacionalista da entidade.
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