Marcha marca ato dos(as) educadores(as) em Curitiba

Marcha marca ato dos(as) educadores(as) em Curitiba


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Mais uma vez os(as) professores(as) e funcionários(as) da educação da rede pública estadual de ensino deram uma lição de cidadania. Para marcar o 26º ano após o trágico 30 de agosto de 1988, a categoria se reuniu em um grande ato e marcha em Curitiba nesta sexta-feira (29), véspera da data. Pelas estimativas das APP-Sindicato, mais de 80% das escolas aderiram a paralisação estadual.

Todos os anos, nesta data, os(as) educadores e relembra a forma truculenta como foram tratados em 1988 quando foram às ruas lutar para preservar direitos que estavam sendo atacados pelo governo de então. Além de relembrar a tragédia que marcou aquele período, os(as) trabalhadores em Educação do Estado também utilizam o dia para reafirmar as reivindicações correntes da categoria.

O ato realizado nesta sexta-feira contou com a presença e o apoio de diversas lideranças nacional e estadual. O presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Wagner Freitas, saudou a categoria e disse que o Paraná precisa constituir uma nova realidade. “Queremos uma educação pública que transforme, e não uma que adestre. Precisamos, ainda, caminhar muito para alcançarmos este feito”, salientou.

O representante da Federação das Entidades Árabes Palestinas (Fepal), Ualid Rabah, também participou da mobilização. De acordo com ele, o povo palestino, quando se trata da educação do Paraná, tem lado. O dos trabalhadores e trabalhadoras. Rabah também agradeceu a solidariedade da categoria com o povo palestino. “Estamos profundamente agradecidos a APP e aos educadores que abriram as suas escolas para esclarecer aos seus alunos qual a situação da Palestina”, disse.

Representando o Fórum das Entidades Sindicais (FES), a diretora do SindiSaúde Paraná, Elaine Rodella, destacou que o FES luta pelas mesmas bandeiras da APP. “Somos todos servidores públicos, submetidos a péssimas condições de trabalho. E o serviço público de qualidade é um lema do Fórum. E o que vale é a luta da classe trabalhadora e da nossa unidade, de todos os servidores e servidoras públicas, independente da área”, afirmou.

Durante a mobilização, uma banca fornecendo informações sobre o Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político foi montada na Praça Santos Andrade, local onde a categoria se concentrou antes da saída para a marcha. Para Liliane Colho, que participa da coordenação da iniciativa, é essencial a participação dos(as) educadores(as) no Plebiscito. “Nos solidarizamos com vocês e queremos reforçar a ideia de que o Congresso e o sistema político brasileiro precisa mudar”, avaliou.

Os representantes dos estudantes – Walisson Patrick (UBES) e Camila Lanes (UPES) – reafirmaram o total apoio aos(às) professores(as) e funcionários(as) e relembraram inclusive que, durante a greve, os jovens deram um imenso apoio à categoria. “Estamos do lado de vocês porque nós devemos e queremos que ocorram mudanças”, expressou Camila.

Antes da saída, o presidente interino da APP, professor Hermes Leão, lembrou mais uma vez a razão da existência do ‘Dia de Luto e de Luta da Educação Pública do Paraná’. “É uma data para rememorar o que foi feito contra nós, prestar tributo aos que lutaram, mas hoje não estão mais entre nós e fazer soar publicamente, para toda a sociedade, nossas reivindicações. Pois lutamos por uma educação pública de qualidade, que beneficie a todos e todas e que transforme não só o Paraná, mas todo o país”, revelou.

Cantoria – Após a marcha pelas ruas de Curitiba, os participantes da mobilização foram recepcionados, nas proximidades do Palácio Iguaçu, pelos músicos do grupo Mundaréu, de Curitiba. Criado em 1997, o grupo é formado por músicos, atores, dançarinos, bonequeiros, pesquisadores e arte educadores, que juntos lançam mão da cultura popular brasileira. Enquanto a comissão de negociação da APP participava da reunião com representantes do governo no Palácio, os(as) educadores(as) assistira e participaram da apresentação do Mundaréu.

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