“A entrada massiva das mulheres no mercado de trabalho tem gerado diferentes reações na sociedade e nos espaços públicos”, avaliou Tatau Godinho, Secretária de Políticas do Trabalho e Autonomia Econômica das Mulheres, da Secretaria de Política das Mulheres do Governo Federal.
Ela falou no Painel “Políticas públicas do governo brasileiro, mercado de trabalho, combate à violência e saúde” e destacou medidas simples que têm feito a diferença, por exemplo, na vida de trabalhadoras rurais. Tatau Godinho citou o programa de documentação da mulher rural, que já possibilitou a emissão de mais de 1 milhão de documentos. “A questão de documento não é só econômica, é importante para a construção da identidade dessas trabalhadoras”, disse.
Programas de garantia de creche, de combate à violência doméstica e de qualificação profissional foram listados por ela como mecanismos que o governo brasileiro tem adotado para, cada vez mais, ampliar a autonomia das mulheres.
RedeMulheres170914 11O combate à violência contra a mulher e a garantia de melhores condições de saúde na rede pública de atendimento foram destacadas por Tatau e reforçadas por Pollyanna Magalhães, do Movimento Católicas pelo Direito de Decidir. Pollyana apresentou números referentes a questões polêmicas, como a descriminalização do aborto.
No Brasil, segundo informou, o aborto é a quinta causa de mortalidade materna. “Por isso, pensar no aborto é uma questão de saúde pública e de saúde da mulher”, disse. Em sua palestra sobre direitos sexuais e reprodutivos, Pollyanna explicou que não é a favor do aborto, mas da vida e do direito das mulheres de decidir: “O movimento Católicas Pelo Direito de Decidir não defende o aborto, mas a descriminalização, a legalização”, concluiu.
Assista aqui ao VT sobre a manhã do segundo dia de encontro da Rede de Trabalhadoras da Educação da América Latina.
Fonte: CNTE