O encontro que tem como lema “Sem Terrinha: pelo Direito de Viver e estudar no campo”, têm por objetivo dar visibilidade à realidade vivenciada pelas crianças acampadas e assentadas, pautando temas que as afetam diretamente, como o direito de ter fácil acesso a educação de qualidade, independente do local em que vivem como prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Durante os dias do Encontro, as crianças produziram um Manifesto com os principais problemas que enfrentam nos seus assentamentos e acampamentos. Durante a marcha o documentos será protocolado e entregue no Palácio Iguaçu.
Entre os pontos principais as crianças pedem a desapropriação das 75 áreas ocupadas e a realização da Reforma Agrária com o assentamento das 6 mil famílias Sem Terra, a construção de 18 escolas nos Assentamentos. Os Sem Terrinha também exigem que o problema do transporte escolar e das estradas seja resolvido com urgência, já que em muitos locais quando chove elas acabam não tendo aula.
Os Sem Terrinhas também denunciam o fechamento de escolas no campo. Nos últimos anos, foram fechadas mais de 24 mil escolas rurais em todo o Brasil, sendo que só no Paraná na década de 2000, foram fechadas 44% das escolas da zona rural, ou seja, no ano de 2000 existiam 3.062 escolas no meio rural, porém já no ano de 2009 restavam apenas 1.715.