NESTE 2° TURNO, NENHUM VOTO EM AÉCIO! VOTAMOS DILMA!
Ano passado, durante as manifestações de junho, iniciadas pelo descontentamento de milhares de jovens e trabalhadores contra o aumento das passagens de ônibus e que transbordaram para diversos temas como melhorias nos serviços públicos em geral, uma onda espalhou-se pelo país. O sentimento de mudança e descontentamento com as nossas instituições políticas foi a tônica. O sentimento era: com esse Congresso e com nossas atuais instituições, não dá!
Contraditoriamente a esse sentimento de mudança, foi eleito o Congresso nacional menos ligado as lutas sociais e mais conservador desde 1964 (dados do DIAP), passando de 220 para 280 parlamentares empresários (+27%), 130 para 160 ruralistas (+23%). Já os sindicalistas caíram de 83 para 46 (-44%). Houve crescimento de deputados ligados a setores homofóbicos e militares (do lobby da indústria de armas).
A presidenta Dilma, à época das manifestações de junho de 2013, respondeu que “para mudar é preciso mudar as instituições” e propôs uma Constituinte para uma reforma política.
A reforma política é fundamental para mudarmos os atuais mecanismos de representação no Congresso dominado pelo poder econômico e que trava pautas como reforma agrária, reestatizações, mais verbas para -e apenas- os serviços públicos, desmilitarização das PM’s.
No entanto, sem uma reforma política que acabe, por exemplo, com o financiamento privado de campanhas, estabelecendo o financiamento igualitário e público de campanha ou o voto em lista partidária para se impedir o “voto ratinho” e fortalecer o voto programático/ideológico, sem reforma, nada mudará!
A presidenta Dilma acenou com a reforma política. Cerca de 8 milhões de brasileiros na semana de 7 de setembro votaram 97% pelo SIM no Plebiscito Popular pela Constituinte Exclusiva e Soberana pela Reforma Política. Essa força social deve ser dirigida à candidata que, ao nosso ver, reúne as condições de levar adiante tal proposta.
Muitos de nós que assinamos este texto temos diferentes avaliações sobre o governo Dilma. Muitos de nós votamos em Dilma no 1° turno. Outros aderentes desta carta votaram em outros candidatos. Porém, há algo que nos unifica: a rejeição completa de tudo o que representa Aécio Neves e seu partido, o PSDB!
Na análise dos projetos de Estado que representam as duas candidaturas, percebe-se claramente que Dilma representa a continuidade do fortalecimento das políticas sociais, entre essas as da educação. Neste último período tivemos o início de um processo de recuperação da valorização dos profissionais da educação brasileiros com a Lei Nacional do Piso dos professores, conquista histórica da categoria. Foi neste governo que tivemos o primeiro programa de profissionalização dos funcionários de escola, o Profuncionário.
O candidato Aécio Neves, ex-governador de Minas Gerais, representa nestas eleições o retrocesso: o ideário do neoliberalismo e do Estado mínimo. O candidato Aécio Neves/PSDB representa a política direta do capital internacional interessado na privatização do patrimônio público, nas terceirizações e ataque às carreiras (travestidas de bônus por mérito), no controle direto do “mercado” da política monetária (fixação das taxas de juros) através da independência do Banco Central (defendido por Marina e em seguida por Aécio) com graves consequências para os serviços públicos (a relação dívida pública/orçamento público tenderia a aumentar).
Samuel Pessoa, membro da equipe de campanha de Aécio defendeu a privatização da Universidade pública (Folha de SP, 29/06) através de cobranças de taxas ou mensalidades. Trata-se de uma tese pronta para, caso Aécio/PSDB vença as eleições, ser apresentada como solução para os problemas financeiros nas Universidades.
O contraste entre esse modelo privatista do PSDB e o que conseguimos avançar na educação nos governos Lula e Dilma é gritante. Criaram-se 18 novas Universidades federais e 173 campi nos últimos 12 anos. Nos 08 anos do governo do PSDB (1995-2002) não foi criada NENHUMA Universidade federal!
Nos últimos 12 anos, dobrou o número de matrículas nas Universidades brasileiras e milhares de estudantes tiveram a oportunidade de estudar no exterior pelo programa Ciência sem Fronteiras. O orçamento federal do setor cresceu 223%, passando de R$ 18 bilhões para R$ 112 bilhões. No governo Lula, foram criadas 214 novas escolas da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. No governo Dilma, foram mais 208 escolas. Em apenas 12 anos, a rede de educação profissional federal saltou de 140 escolas em 119 municípios para 562 em 507 municípios.
Os recursos para a educação precisam continuar sendo ampliados. O PNE (Plano Nacional de Educação) aprovado no governo Dilma, prevê aumento para 10% do PIB (cerca de R$ 200 bilhões a mais) no investimento em educação. É fundamental que o Pré-sal esteja sob controle estatal para garantir que 75% dessas verbas possam ir para a educação e 25% para a saúde (como aprovado pelo governo Dilma).
O Piso Salarial para os educadores precisa ser implementado em todo o país, e as condições de trabalho dos educadores precisam ser melhoradas. Portanto, para nós, Dilma representa a manutenção das conquistas e a garantia de novos avanços necessários para a educação pública de qualidade e para a construção de um país mais justo, solidário e democrático.
Por isso, nós, educadores do Colégio Estadual do Paraná, declaramos e indicamos voto em Dilma. Pelo projeto de Estado que ela representa, pelos avanços conquistados e por tantos outros que apenas nossa luta poderá obter. Contra o retrocesso e a favor das reformas sociais que o povo necessita, no dia 26 de outubro é Dilma Rousseff, presidenta do Brasil.
Curitiba, outubro de 2014
Assinam os educadores do CEP:
Ana Cristina M. de Souza (Arte);
André Barroso da Veiga (Arte);
André Meireles (Arte);
Cristine Amorin (Arte);
Janine Schneider (Arte);
Luís Lopes (Arte);
Ariane Corrêa Barbosa (Biologia);
Cláudio Teixeira (Biologia);
Fernando Machado Vieira (Biologia);
João Carlos G. de Almeida (Biologia/Ciências);
Joseth Franco Vieira de Oliveira (Biologia);
Ronualdo Marques (Biologia);
Clarice F. Dietrich Martins (Educação Física);
Cláudio C. Nielsen (Educação Física);
Fabiane C. de Freitas (Educação Física);
Itamar Santos da Silva (Educação Física);
Paulo Cesar Santos Clazer (Educação Física);
Myriam Schoz de Andrade (Educação Física);
Telma Angélica R. de Souza (Educação Física);
Dirlô Saldanha (Filosofia);
Eli de Abreu Passos (Filosofia);
Leonardo Camargo (Filosofia);
Roberto Blatt (Filosofia);
Robson A. Gaievski (Filosofia);
Valéria C. Bercini (Filosofia);
Vilma L. Dolinski (Filosofia);
Wilson José Vieira (Filosofia);
Albano Sampaio (Física);
Juliana Loch (Física);
Rafael Felipe Pszybylski (Física);
Daniel José G. Pinto (Geografia);
Eduardo Gonçalves (Geografia);
Telma S.B. (Geografia);
Carlos Roberto Benites (História);
Cleusa M. Fuckner (História);
Elias Rigoni (História);
Jacir de Melo (História);
Jorge Ferreira de Souza (História);
Mara Barbosa (História);
Mariana Rocha Zacharias (História);
Rosa Gianotto (História);
Rubens Tavares (História);
Vanessa Mesquita Sandim (História);
Emanuel Goetzke (Inglês);
Givanete Ramalho (Inglês);
Karla K. Schwarz (Intérprete de Línguas);
Polyanny dos Reis (Inglês/Português);
Rosália Noernberg (Inglês);
Susi Husak (Inglês);
Adriano Smaniotto (Língua Portuguesa);
Arlete Dolny (Língua Portuguesa);
Jefferson Luiz Franco (Língua Portuguesa);
Rodolfo Hinz Junior (Língua Portuguesa);
Andressa Santo (Matemática);
Enzo A. Souza (Matemática);
Felippe Carniel Sirtoni (Matemática);
Gilda Elena Kluppe (Matemática);
Glicéria D. Polak (Matemática);
Mara Viviane Camargo (Matemática);
Paulo Rogério Hoffmann (Matemática);
Tereza Cristina Vriesman (Matemática);
Tony Márcio Groch (Matemática);
Áurea M. Nóbrega (Pedagoga);
Camila Grassi Mendes de Faria (Pedagoga);
Elisa Molli (Pedagoga);
Elisane Fank (Pedagoga);
Márcia G. Guerreiro de Freitas (Pedagoga);
Meire Donata Balzer (Pedagoga);
Rosemeri Schier (Pedagoga);
Thiago Mendes (Produção de Áudio e Vídeo);
Sônia A. B. Casath (Química);
Affonso Cardoso Aquiles (Sociologia);
Eliana M. dos Santos (Sociologia);
Fernando J. Ciello (Sociologia);
Lívia Cruz (Sociologia);
Luciana Oliveira (Sociologia);
Marilda K. Lacerda (Sociologia);
Murilo C. Erhig (Sociologia);
Ney Jansen (Sociologia);
Priscila M. Drosdek (Sociologia);
Tatiana Lemos Azevedo (Sociologia).