Governo alega falta de recursos e dificulta avanço da pauta

Governo alega falta de recursos e dificulta avanço da pauta


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O clima da negociação realizada hoje (22) entre a direção estadual da APP-Sindicato e a equipe da Secretaria de Estado da Educação (Seed) não foi nada animador, semelhante ao de ontem (21), quando o Fórum das Entidades Sindicais (FES) foi recebido na Secretaria de Estado de Administração e Previdência (Seap). É perceptível que já se instalou no governo o discurso de da falta de recursos e de uma série de impedimentos para efetivar o atendimento das reivindicações dos(as) servidores(as), algumas, inclusive, sem encaminhamentos pelos últimos quatro anos.

Apesar do cenário, a direção estadual da APP fez o debate de uma série de itens. Além disso, no dia 5 de novembro haverá uma nova reunião com a Seed, que pode trazer novas informações. E no dia 8 de novembro, a APP realiza uma assembleia estadual da categoria, para que os(as) educadores(as) decidam quais os próximos encaminhamentos da luta. Veja no quadro abaixo os questionamentos, a resposta do governo e os encaminhamentos:

Item

Cobrança da direção da APP

Resposta da Seed

Encaminhamento

Eleição de diretores(as) e vice-diretores nas escolas

APP questionou o papel da Seed no envio da mensagem para a Assembleia Legislativa, que pretende suspender as eleições. A entidade reforçou que a suspensão de um processo que está em pleno andamento só irá estimular um clima de guerra nas escolas.

O secretário Paulo Schmidt afirmou que mantém o entendimento de que a lei deve ser cumprida.

A APP pediu ao secretário que ele volte a conversar com o governador Beto Richa sobre o tema, reforçando a importância do respeito a lei. Além disso, a entidade manterá o monitoramento na Assembleia, a campanha de envio de e-mails aos deputados e a convocação para que a categoria acompanhe as sessões na próxima semana.

Projetos de lei dos PSS

A direção da APP cobrou o envio, para aprovação na Alep, das duas propostas acordadas com a categoria na greve de abril: contagem de tempo de serviço como PSS e o pagamento pela maior habilitação. O sindicato lembrou que o compromisso assumido pelo governo, inclusive em ata, foi um dos pontos fundamentais para que a categoria suspendesse a greve.

A Secretaria informou que a proposta que conta o tempo de serviço como PSS e S100 já foi analisada pela Seap e está sendo enviada de volta a Seed, para algumas adequações.
A outra proposta, que trata do pagamento pela maior habilitação, o secretário alegou que, no momento, há impedimento legal, fiscal e financeiro para implantar a proposta. Segundo levantamento da Seed, isto representaria um acréscimo de R$ 290 milhões anuais na folha da Educação.  O secretário, porém, se comprometeu em retomar os debates no governo antes do fechamento do ano.

A direção reiterou que este foi um compromisso assumido pelo governo durante a greve de Abril e cobrou sua efetivação. Uma equipe se reunirá na próxima semana para refazer os estudos dos números e estudar a LOA (Lei Orçamentária Anual) para o próximo ano. Além disso, o tema será retomado na próxima reunião com o governo, que ocorrerá no dia 5 de novembro. A direção da APP contrapôs que ao não encaminhar o projeto que trata do pagamento por habilitação, o governo descumpre um acordo com a categoria.  Assim, categoria avaliará – na Assembleia Estadual da APP, marcada para o dia 8 de novembro – como proceder.

Prorrogação dos contratos PSS

A direção do sindicato questionou se os contratos serão, ou não, prorrogados.

A Secretaria de Educação informou que, sim. Haverá a prorrogação dos contratos.

APP acompanhará processo.

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