Dia 1º de dezembro é o Dia Mundial de Luta Contra a AIDS. Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e a Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 718 mil pessoas vivem com HIV no Brasil, no entanto, 20% delas desconhecem que estão com a doença. 313 mil pessoas estão recebendo tratamento com terapia antirretroviral, o que representa 44% do total dos pacientes.
A OPAS e OMS indicam que aumentou o número de pessoas que recebem tratamento da doença nas Américas. Em 2003 eram 210 mil pessoas. Já em 2013, 795 mil pessoas estão em fase de tratamento.
Segundo o Ministério da Saúde, em coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira, 0,4% da população brasileira tem AIDS/HIV. Os estados que mais apresentam casos da doença são o Rio Grande do Sul, Amazonas, Santa Catarina e Rio de Janeiro. O Ministério apontou também uma queda importante na transmissão vertical do vírus em menores de cinco anos de idade.
No Paraná o vírus foi detectado pela primeira vez em 1984, em Curitiba. Segundo a Secretaria de Saúde do Estado, em média dois mil novos casos de AIDS são registrados no estado todos os anos, chegando a pouco mais de 500 de mortes anuais.
Papel da Educação – A APP- Sindicato é uma entidade que luta contra todas as formas de preconceito e discriminação. O sindicato defende que o papel da escola pública é fomentar o debate sobre a temática das DST’s HIV/AIDS em todo ambiente escolar e, com isso, incentivar a prevenção e os cuidados para evitar esta doença. Para a secretária de Gênero, Relações Étnico-Raciais e Direitos LGBT, professora Elizamara Goulart Araújo, a escola deve trabalhar a conscientização dos jovens em sala de aula. “É essencial que a escola aponte a importância da prevenção contra a doença. A escola é um espaço de formação de opinião e deve alertar para o fato de que a AIDS é real e deve ser prevenida”. Para Elizamara, o preconceito contra as pessoas que vivem com a doença também deve ser igualmente combatido. “Milhares de pessoas convivem com a AIDS no Brasil. São pessoas que estão em tratamento e merecem o respeito de todos nós. Além disso, nós devemos apoiar e lutar contra todo e qualquer tipo de preconceito”, completa ela.
Segundo a secretária de Relações Internacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Fátima Silva, é importante que a escola saiba seu compromisso de alertar sobre a AIDS/HIV e conscientizar sobre sexualidade, contribuindo assim para que os jovens tomem decisões seguras. “Os últimos indicadores têm mostrado que a faixa etária dos jovens adolescentes que estão no ensino médio é a que tem mais adquirido o vírus da AIDS e os especialistas explicam o motivo: primeiro que acham que acontece com os outros, nunca com eles. Não começam a ter sexualidade saudável, com o uso da camisinha”. Fátima reitera que “esse é um papel da escola, orientar, ensinar o jovem a se prevenir e também cuidar de si mesmo e do outro”.