Hoje, 3 de dezembro, é o Dia Internacional do Não Uso dos Agrotóxicos, a Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida convoca os cidadãos e as cidadãs brasileira para unir-se contra a comida sem veneno. Em todo país manifestantes tem ido às ruas para denunciar o modelo da morte que domina a agricultura brasileira: o agronegócio.
Em Curitiba, será realizada uma panfletagem sobre o tema para a população. A ação acontece na Boca Maldita, no Centro da cidade, a partir do meio-dia.
É fundamental que o congresso defenda a saúde da população e a agricultura familiar, responsável pela produção de 70% dos alimentos que chegam à nossa mesa. A proposta principal da campanha é demarcar a data nacionalmente e ir às ruas mostrar que a luta contra os agrotóxicos se vincula a um governo progressista, e às ideias da reforma política e participação popular.
O Brasil é recordista no consumo de agrotóxicos e sementes transgênicas. O veneno está nas águas, no solo, nos alimentos, em pequenas doses diárias ou em chuvas de veneno. O contato com estas substâncias causam câncer, levam ao suicídio, e provocam abortos espontâneos, entre outros vários efeitos.
A alternativa proposta pela campanha e pelos movimentos sociais é a Agroecologia que é maneira de organizar a produção agrícola e a vida no campo em harmonia com a Natureza. Na agroecologia não é necessário o uso de agrotóxicos, nem fertilizantes sintéticos, e muito menos sementes transgênicas. A agroecologia também busca uma vida digna no campo, com saúde e educação adequadas à realidade do campo.
A luta é por comida sem veneno e por um congresso sem ruralistas, que represente de fato os interesses do povo. No manifesto pelo Dia de Luta Contra os Agrotóxicos o movimento pede imediatamente:
- A proibição da prática criminosa da pulverização aérea, a exemplo do que ocorre na União Europeia;
- O banimento de agrotóxicos já banidos em outros países do mundo;
- O fim das vergonhosas isenções de impostos dadas aos agrotóxicos;
- A criação de zonas livres de agrotóxicos e transgênicos, para o livre desenvolvimento da agroecologia;
- Maior controle para evitar a contaminação da água por agrotóxicos.
- Convocamos toda a população a se engajar nesta luta, através dos comitês da campanha espalhados pelo Brasil.
A data (3 de dezembro) foi escolhida por conta do pior desastre químico da história que aconteceu nesta data em 1984 em Bophal na Índia. A fábrica de agrotóxicos da Caribe Union, atual Dow Chemical, explodiu matando mais de 16 pessoas e intoxicando gravemente pelo menos 560. Até hoje a empresa se nega a fornecer informações detalhadas sobre a natureza dos contaminantes e a região nunca foi descontaminada, representando um perigo à população.
:: Saiba mais no site oficial da campanha: www.contraosagrotoxicos.org