Professores fazem greve de fome

Professores fazem greve de fome


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14/10/2008 – Docentes protestam contra atraso de salários e falta de material didático nas chamadas escolas itinerantes, que atendem alunos em acampamentos de sem-terra
Professores de escolas itinerantes do Rio Grande do Sul, que funcionam em acampamentos de sem-terra, começaram ontem, 13/10, um jejum em protesto contra atrasos nos salários e falta de materiais didáticos. Segundo o grupo, os pagamentos não são feitos desde janeiro. Os professores estão instalados em frente à sede da Secretaria da Educação, em Porto Alegre, e têm intenção de permanecer no local por tempo indefinido. O pedagogo Altair Norback, um dos participantes do protesto, disse que os professores receberão apenas água.

A Secretaria da Educação do Rio Grande do Sul admitiu o atraso nos pagamentos, mas argumentou que ele é motivado por falha na apresentação de dados por parte do Instituto Preservar, uma organização não-governamental que formalmente contrata os professores e presta contas ao governo. ‘Na nossa opinião, falta vontade política de resolver o problema’, afirma Norback.

Na semana passada, a secretária-adjunta de Educação, Salete Cadore, recebeu uma comissão de alunos e professores, que entregou as reivindicações. Conforme a Secretaria de Educação, o instituto apresentou as informações necessárias sobre o período de janeiro a maio apenas no mês passado. O órgão garante que os salários desse período serão pagos até amanhã.

Sobre a falta de material didático, a secretaria informa que as escolas itinerantes precisam fazer o pedido diretamente às instituições de ensino às quais estão subordinadas, pois todas contam com verba própria específica para essa finalidade. As escolas itinerantes foram criadas há 12 anos no Rio Grande do Sul.
Fonte: Clipping CNTE – Correio Braziliense – DF

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