06/11/2008 – No início da noite desta quinta-feira, representantes dos Movimentos Sociais fizeram um Ato Público para protestar contra a morte do líder comunitário Celso Eidt, assassinato ontem (05/11), em frente a área ocupada, no Fazendinha, em Curitiba.
De acordo com os representantes dos Movimentos Sociais, o integrante do movimento foi morto a tiros por milícias armadas contratadas pelos donos do terreno.
A versão é confirmada pelos moradores que estão na área. Hoje a tarde as famílias que vivem no local farão um ato público e fecharão a rua João Dembinski pedindo justiça. A família de Celso Eidt aguarda a liberação do corpo no IML de Curitiba e está com dificuldades para obter informações sobre a causa da morte.
Cerca de 60 pessoas permanecem na calçada em volta do terreno desocupado no final de outubro, depois de terem sido retiradas do terreno pela polícia em uma ação violenta que resultou em várias pessoas feridas.
A reintegração de posse foi cumprida pela Polícia Militar com truculência. Foram usadas até balas de borracha contra os ocupantes do terreno. Os abusos foram denunciados pela Organização de Direitos Humanos Terra de Direitos, que enviou uma carta ao Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas.
A secretária de políticas sociais da APP, Silvana Prestes de Araújo, acompanhou a reunião realizada na manhã desta quinta-feira (06/11) na sede do sindicato, com representantes dos Movimentos Sociais que discutiram o assunto.
As líderes comunitárias Mariana Baggio e Vanda de Assis, além de outros ocupantes do terreno relataram a violência vivida no acampamento ontem a noite. “Foi uma ação covarde”, disse Vanda. Segundo os relatos, todos estão muito assustados e querem justiça.