Comentário do artigo sobre racismo na Rede Globo

Comentário do artigo sobre racismo na Rede Globo


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Neste  Dia da Consciência Negra, queremos mostrar a nossa força para combater o preconceito, discriminação e a violência contra negros e negras e, frente à tantas outras de caráter social, político, econômico, cultural e social, não podemos deixar de nos indignar frente à mídia, principalmente a maneira com que a Rede Globo distorce e deturpa às questões raciais em nosso país.

 

O artigo intitulado “Como a Globo distorce e deturpa para negar direitos aos negros brasileiros”, publicado no site http://www.viomundo.com.br/opiniao/, explicita sua  posição contrária às cotas raciais.

 

Sobre o Estatuto da Igualdade Racial, Projeto de Lei do Senador Paulo Paim, do PT, a Rede Globo dedicou 2 minutos e 30 segundos para exibir o assunto, sendo 34 segundos para aqueles que criticavam o Projeto e 22 para os que defendiam, manipulou e deturpou as informações dos entrevistados, deixou de entrevistar o autor do Projeto, deu voz e vez para uma Antropóloga branca, Yvone Maggie, que acabou dizendo ” … que para combater o racismo a primeira providencia terá que ser abolir o critério e a idéia mesmo de raça”. Essa afirmação além de mostrar o posicionamento racista da rede globo, mostra a manipulação, o jogo de poder, a deturpação das informações, afirma a invisibilidade e a forma subalterna com que os negros e negras são representadas/os nos programas da rede.

 

Hoje, 20 de novembro, reverenciamos o legado de Zumbi dos Palmares, símbolo de resistência e de luta contra o regime escravista e da consciência negra de homens e mulheres, pois sabemos que definir Políticas Públicas para a inclusão social e enfrentamento às desigualdades sociais exige ações afirmativas como o sistema de cotas.

 

A política de cotas se justifica para garantir direitos previstos em Lei, como o direito à educação, ao trabalho, entre outros, às populações historicamente discriminadas e excluídas.

 

É um acerto de contas com a historia de injustiças e de negação de direitos à essas populações. É só olhar as estatísticas e analisar os dados do ponto de vista econômico, político, social e cultural para entender que nem todos/as são iguais perante a Lei. E, estes que sempre foram tratados de forma desigual devem ter o direito à políticas públicas diferenciadas para a promoção da igualdade da racial.

 

Lirani Maria Franco, secretária de Gênero e Igualdade Racial da APP-Sindicato e Solange Ferreira, assessora da pasta.

 

 

 

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