Nessa manhã do dia 18 de Março, trabalhadores e trabalhadoras da educação do Colégio Estadual Ambrósio Bini, em Almirante Tamandaré, região metropolitana norte de Curitiba, foram às ruas reivindicar a construção de um novo prédio. A instituição funciona de maneira precária desde 2003, quando o prédio anterior, construído em fins dos anos noventa, começou a rachar e ameaçava ruir colocando em risco a vida de todos que ali trabalhavam. Desde então a comunidade aguarda a construção da escola, pois o espaço ocupado hoje é absolutamente inadequado. Os trabalhadores e trabalhadoras da educação do Colégio Estadual Ambrósio tinham uma audiência prometida com o superintendente da SUDE (Superintendência de Desenvolvimento Educacional), Luciano Neves, para esta segunda-feira (22), mas já foram informados que a mesma foi adiada e estão aguardando a definição de nova data, se preparando para novas mobilizações, se for necessário. A escola que tem cerca de um mil e quinhentos alunos, funciona em dois espaços sendo que em um deles não há banheiro, há uma única torneira e a falta de água é constante. Sendo de madeira, no verão faz muito calor e no inverno é gelada. Toda a construção é precária, e a comunidade aceitou esse arranjo porque lhe foi prometido que não passaria de dois anos essa “improvisação”. Acontece que passaram-se sete anos e tudo segue igual. Informados de que o problema seria a falta de um terreno e que isso dependia da prefeitura, a manifestação foi em busca de audiência com o Prefeito. Este recebeu uma comissão formada por representantes do grêmio estudantil, a direção, professores e APP-Sindicato, ali representada pela secretária Educacional, professora Janeslei Aparecida Albuquerque, e pelo Secretário de Imprensa, Luiz Carlos Paixão. Ao mesmo tempo em que acontecia a manifestação, a presidente da APP-Sindicato, professora Marlei Fernandes de Carvalho, levou também o problema ao diretor geral da SEED, Ricardo Bezerra, reivindicando uma solução imediata para o problema dessa escola e de outras em situação semelhante. A APP-Sindicato, chamada pela escola para acompanhar esse processo, esteve presente na manifestação. *Professora Janeslei Aparecida Albuquerque Secretária Educacional da APP-Sindicato. Confira relato da situação atual do colégio: Desde 2003 o colégio está em duas estruturas provisórias e esse problema vêm se arrastando por 7 anos, pois o prazo que foi dado para que o novo prédio fosse construído era de no máximo 2 anos, contudo nada foi feito até agora. No prédio 1, não há banheiro nem cozinha, nós emprestamos do Colégio do lado, o Jaci Real Prado, o que acaba gerando alguns conflitos entre alunos, pois nos estamos o tempo todo incomodando de uma certa forma. A ventilação não funciona, já que o colégio é quase todo final de semana arrombado, por ficar em um local inapropriado e não possuir uma estrutura mínima de segurança, assim as fiações são depredadas, as tvs laranjas foram roubadas e as que ficaram foram depredadas, o calor no período da tarde é insuportável, fazendo com que professores e alunos passem mal e até mesmo tenham que ser afastados por doença, já que o ambiente de trabalho é extremamente impróprio. Os vidros, por serem constantemente quebrados, estão sendo trocados por tapumes. Já que os vidros não duram quase nada e esta semana foi colocado uma grade impedindo uma possível saída de emergência caso necessário, temos agora apenas duas saídas pequenas para qualquer emergência. A quadra foi reformada semana retrasada, apesar de não possuirmos quadra, uma empresa foi contratada pelo governo para reformar a quadra do colégio, como não temos quadra ele trocou, desnecessariamente alguns trechos de concreto em um local, aliás o único, que possuí um calçamento na escola. No campus 2, as salas são minúsculas, não ha espaço entre as carteiras, não ha circulação de vento adequada, as divisórias das salas são de madeirite, que não sustentam nem sequer um extintor, pois quando foi tentando a parede cedeu, saída nós só temos uma e apenas uma escada, ou seja, em caso de emergência não ha a possibilidade de uma fuga segura, a acústica é terrível, pois todos ouvem todos ao mesmo tempo, nesse prédio não há biblioteca, nem acesso a internet, temos apenas um telefone e nada mais, o espaço para a educação física é todo de pedra brita, uma situação insustentável. Bem acho que de uma forma resumida consegui expressar a s condições precárias e vergonhosa em que estamos.
CE Ambrosio Bini, de Almirante Tamandaré, cobra melhorias

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