8 de março: educadoras integram marcha pela valorização feminina

8 de março: educadoras integram marcha pela valorização feminina


O Dia Internacional da Mulher já começou a ser celebrado em Curitiba. Para as trabalhadoras da Educação, no entanto, o Dia tem uma conotação diferente do que é normalmente divulgado. Para além das promoções comerciais que anunciam descontos em acessórios, itens de beleza, e vestuário, as educadoras foram às ruas para marchar por direitos de igualdade e valorização do trabalho feminino.
A marcha aconteceu na manhã deste sábado (07) e já é tradição na cidade. Este ano, o mote “Por mais direitos, nenhum a menos. Mulheres em movimento mudam o mundo” levou centenas de educadoras, alunas, artistas e militantes à região central de Curitiba e APP-Sindicato esteve presente, mais uma vez, demonstrando a força e organização da categoria.
O ato público começou com a  concentração na Praça Santos Andrade, seguida de uma intervenção do grupo Arte Suruburbana, com uma alusão ao papel da grande mídia na cobertura da greve da educação pública do Paraná. Sobre o tema, a secretária de Formação Política Sindical, professora Janeslei Albuquerque, evidencia: “As práticas pedagógicas ainda priorizam o patriarcalismo. Basta observar que em uma categoria onde 80% são mulheres, qual o percentual de homens nas direções?”, indaga a professora ao exemplificar que, mesmo no ambiente escolar, as mulheres ainda sofrem deméritos.
A professora Karin Capelesso reforça a presença da APP na mobilização. “Eu sou professora e esse 8 de março tem um significado maior. Estamos à frente de uma greve que representa todo o funcionalismo público. Somos as primeiras as sofrer os cortes de verbas, as injustiças e as desigualdades”, salienta ao explicar sua participação na Marcha.
Para as militantes, construir o feminismo é uma das formas de enfrentamento à austeridades da sociedade machista que oprime os direitos das mulheres.”É por direitos, não é por flores ou por rosas, é pela vida das mulheres”, define a militante Rosani Moreira, representante da Marcha Mundial das Mulheres.
Para além das flores – De acordo com o Mapa da Violência,  estudo realizado pelo Instituto Sangari, o Paraná é o terceiro Estado no ranking da violência contra a mulher, atingindo o índice de 6,3 mulheres assassinadas a cada 00 mil habitantes femininas. O Estado tem ainda cinco municípios entre os 50 com mais casos de assassinatos de mulheres em relação à própria população feminina. Piraquara ocupa o segundo lugar na colocação, com 11 mulheres vítimas de homicídio e taxa de 24,4 casos por 100 mil habitantes femininas.
Mais de cinco mil casos de violência contra mulheres foram registrados no Paraná, no último semestre do ano passado Segundo o balanço do Juizado Especial de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, pelo menos 13 mulheres são agredidas por dia em Curitiba.(Fonte: Cefuria)
 
Participaram da organização da Marcha: Marcha Mundial das Mulheres, Fórum Popular de Mulheres, União Brasileira de Mulheres, Movimento Mulheres em Luta, Levante Popular da Juventude, Coletivo Alzira, Frente Feminista, Quebrando Muros, RUA, Cefuria, Arte Suruburbana, Sindipsi, APP-Sindicato, CUT, CSP Conlutas.
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